A cada dia que passa aumenta o número de cidades mineiras que decretaram situação de emergência por causa da chuva que assola Minas Gerais. De acordo com o boletim da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) já são 87 municípios que pediram auxílio ao Governo Federal desde o início do período chuvoso. Os últimos a entrar na lista foram Santa Fé de Minas, Entre Rios de Minas, Cataguases, Araponga, Caputira, Contagem, Sardoá, Formiga, Divinópolis, Mário Campos, Rio Casca, Conselheiro Pena, e Esmeraldas.
Já são mais de 2 milhões de pessoas prejudicadas pela chuva. Ao todo, 512 pessoas foram desabrigas, e 9.880 desalojadas. O número de casas destruídas já chega a 3.301 e danificadas 101.
Somente nos primeiros cinco dias deste ano, já foram computadas seis mortes. A primeira vítima foi registrada em 2 de janeiro 2011, Janilson Aparecido de Moraes, de 40 anos, morreu durante desabamento de prédio no Bairro Caiçara, em Belo Horizonte. Neste mesmo dia, a Cedec considerou a morte de Maria de Lordes Estevão Rocha, 78, que estava no quintal de casa em Visconde do Rio Branco quando foi atingida por um deslizamento de terra.
Na terça-feira, os taxistas Juliano Alves, 28, e Denílson Maciel Araújo, de 26 anos, morreram soterrados em um deslizamento de terra no Morro do Piolho.
Também foram encontrados os corpos de João Paulo Coelho, 81, e Genésio Cândido Martins Filho,42, em Guidoval, na Região da Zona da Mata. De acordo com a Cedec, João Paulo estava dentro da sua residência, na Zona Rural do Município, quando o rio invadiu o local. Já Genésio Cândido foi levado pela correnteza após tentar descer de uma árvore, onde se abrigava com seus familiares.
O órgão ainda procura o corpo de Rita Vieira de Souza, de 74, que foi arrastada pelo rio em Santo Antônio do Rio Abaixo, na Região Central do Estado.
Rapidez nos decretos
A Secretaria Nacional de Defesa Civil vai acelerar o processo para reconhecer a situação de emergência dos municípios mineiros mais afetados pelas chuvas. Os pedidos serão analisados em caráter de urgência. Na tarde desta quinta-feira, o chefe da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), coronel Luis Carlos Martins, se reuniu com representantes do governo federal para pedir agilidade no reconhecimento.
Após a chegada dos documentos necessários para decretar emergência ao Governo Federal, o prazo para o reconhecimento é de até 10 dias. Porém, segundo o diretor do Departamento de Minimização de Desastres da Secretaria Nacional de Defesa Civil, Rafael Schadeck, a secretaria se esforçará para que o processo se concretize de forma imediata.