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Estado de Minas

Mais de 8 mil pessoas são retiradas de casa em Cataguases, na Zona da Mata

Moradores de vários municípios da região sofrem com as cheias dos rios Pomba, Muriaé e Piranga


postado em 05/01/2012 06:00 / atualizado em 05/01/2012 06:59

Em Guidoval, águas começaram a baixar, mas os prejuízos são muitos(foto: Lúcia Sebe/Imprensa MG)
Em Guidoval, águas começaram a baixar, mas os prejuízos são muitos (foto: Lúcia Sebe/Imprensa MG)


Dois municípios da Zona da Mata, Dona Euzébia e Cataguases, decretaram estado de calamidade pública. Algumas cidades ainda registram alagamentos, têm o abastecimento de água comprometido e sofrem com a falta de energia elétrica. Em Guidoval, a ponte de acesso à cidade foi destruída pelas águas do Rio Pomba e só uma estrada de terra, para Visconde do Rio Branco, serve de acesso ao município, com um desvio de 50 quilômetros.

As enchentes atingiram 70% de Dona Euzébia, não há mais inundações, mas algumas ruas estão intransitáveis. “Há móveis destruídos e utensílios largados nas ruas por moradores”, contou o prefeito Itamar Ribeiro Toledo. Segundo ele, a ponte de acesso ao município tem rachaduras, mas não foi condenada.

Segundo o coordenador municipal da Defesa Civil de Cataguases, Carlos Pires, mais de 8 mil pessoas estão desalojadas e 850 desabrigadas. No pico da enchente, o rio chegou a 8,3 metros acima do leito e nessa quarta-feira estava a quatro metros acima. “Tivemos 40% da cidade alagada. Os bairros Vila Minalba, Beira Rio e Pouso Alegre foram os mais afetados. Resgatamos doentes de barco e usamos helicóptero para retirar moradores de áreas de risco. Temos muitas famílias em abrigos. Cerca de 30 mil pessoas foram afetadas”, disse. A Defesa Civil estadual não recebeu nenhum decreto de estado de calamidade pública.

Chuvas em Belo Horizonte

Desaparecidos

Em Ponte Nova, o Rio Piranga também encheu e arrastou um morador, que teria tentado atravessar uma ponte. Diego Tuler Vieira, de 27 anos, saiu de um bar e tentava chegar em casa, no Bairro Copacabana. Moradores tentaram impedir, mas o rapaz caminhou pelo cais que divide a rua e o leito e tentou se segurar em um poste. O corpo dele ainda não foi encontrado.]

Segundo moradores, outro rapaz foi levado pela correnteza terça-feira. Ele teria escorregado na beira do rio e o corpo teria sido visto deixando o perímetro da cidade, que continua com ruas alagadas em 14 bairros. O rio atingiu mais de seis metros e só baixou 20cm na tarde dessa quarta-feira. Cerca de 800 imóveis foram desocupados. O transporte público e o abastecimento de água continuam interrompidos. Segundo a prefeitura, a enchente ficou 50cm abaixo do fluxo de 2008, quando os prejuízos chegaram a R$ 25 milhões.

O Rio Muriaé também baixou em Muriaé, que nessa quarta-feira tentava dar conta da limpeza, distribuindo kits à população. Cerca de 300 moradores estão em abrigos e 1,2 mil pessoas estão desalojadas. Já em Conselheiro Lafaiete, que registrou a pior enchente da história, o Rio Bananeiras continuava cheio. No momento de pico, na terça-feira, o nível passou de quatro metros acima do nível.

Falta d`água

Em nota, a Copasa informou que 14 municípios ainda estão com abastecimento de água precário: Barão de Cocais, Moeda, Conceição do Pará, Marilândia, Divinópolis, Cataguases, Dores do Turvo, São João do Manhuaçu, Porto Firme, Guaraciaba, Guidoval, Guiricema, Visconde do Rio Branco, Ubá. Equipes estão em todas as regiões para tentar resolver o problema. Em Divinópolis, o nível de água nos sistemas da empresa baixou e o abastecimento deve ser normalizado hoje. O sistema deve ser restabelecido em Cataguases.

O rompimento de uma adutora de 350mm provocou interrupção no abastecimento em Contagem, Esmeraldas e Ribeirão das Neves, na Grande BH.


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