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Estado de Minas

Vereadora mineira gera polêmica ao sugerir extermínio de animais soltos na rua


postado em 23/05/2011 18:19 / atualizado em 23/05/2011 19:53

Nova manifestação está programada para a tarde de terça-feira(foto: Instituto Apoiar/Divulgação)
Nova manifestação está programada para a tarde de terça-feira (foto: Instituto Apoiar/Divulgação)


A declaração de uma vereadora de São João Del Rei, na Região Central do estado, durante uma reunião da Câmara no último dia 10 vem causando polêmica. Em um vídeo divulgado na internet, Sílvia Fernanda de Almeida (PMDB) reclama dos animais criados soltos pelas ruas da cidade, entre cavalos, cães e até porcos, que acabam espalhando o lixo depositado pelos moradores nas calçadas. Segundo ela, muitos acabam provocando acidentes com veículos ou atacando pessoas. Ainda de acordo com Sílvia Fernanda, quando apreendidos, os animais acabam sendo liberados sem que os donos sofram alguma penalidade. Durante sua argumentação, ela afirma “Por isso que eu quero que o animal seja apreendido, o dono tem 48 horas para tomar uma providência. Não tomou, mata. Que aí acaba o problema definitivamente.” A declaração da vereadora repercutiu mal entre os moradores da região e associações de defesa dos animais, que fizeram uma manifestação em frente à Câmara dos Vereadores de São João Del Rei. Uma nova ação está programada para a tarde desta terça-feira, quando representantes de diversas associações vão sair em passeata da Igreja São Francisco de Assis em direção à Câmara, onde o presidente do Instituto Apoiar, que participou do primeiro protesto, fará um pronunciamento na tribuna. Assista o trecho polêmico da reunião:



O setor de zoonoses de São João Del Rei é responsável pelos animais de médio e pequeno porte, como cães e gatos. Por não haver um canil municipal, os animais recolhidos são levados para um abrigo particular, que cobra pela diária. Segundo o supervisor de zoonoses do município, Roosevelt Luiz Teixeira, o abrigo é destinado a cães agressivos ou doentes. “Lá eles são tratados por veterinários. Quando não há tratamento, como ocorre no caso de animais com leishmaniose ou raiva, eles ficam em um local separado e são eutanasiados”, explica. Ainda de acordo com ele, animais saudáveis abandonados nas ruas ficam sob responsabilidade da Associação Protetora dos Animais, que os encaminha para outros canis. “Se existisse um canil municipal haveria mais espaço e o atendimento também seria maior”, afirma o supervisor. Os animais maiores, como porcos, cavalos e bovinos, são de responsabilidade da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

De acordo com a vereadora Sílvia Fernanda, sua declaração durante a reunião na Câmara foi mal interpretada e ela teria se exaltado. “Minha fala foi usada fora de contexto. Uma tarde filmei dois porcos comendo lixo do restaurante popular da cidade e exibi a gravação na reunião. Aqui na cidade existe a prática de criar animais na rua. Meu projeto de lei é para que todo animal apreendido pela prefeitura, quando não resgatado, seja doado para a Apae e o Albergue Santo Antônio, duas instituições da cidade. Lá eles poderiam dispôr dos despojos dos animais, seja pele, carne, esterco.”

Ainda de acordo com ela, o recurso seria aplicado só no caso da apreensão de suínos, bovinos, equinos, muares, asininos e caprinos. “Não disse nada a respeito dos cães. Minha sugestão seria de que a prefeitura criasse um canil municipal com parceria e aconselhamento da Sociedade Protetora dos Animais”, explica.

Não é a primeira vez que a vereadora se vê envolvida em uma polêmica. Em 2009, ela foi acusada de racismo. A denúncia partiu do colega Gilberto Luiz dos Santos, o Gilberto Lixeiro (PT). O caso foi registrado pela Polícia Militar. Na época, o vereador alegou que apenas brincou com o cachorro da raça poodle que Sílvia levava ao colo. De acordo com o BO, Sílvia insultou o vereador de "macaco" e, em seguida, disse que "não gostava de preto". Sobre o caso, a vereadora afirma que Gilberto teria dado um tapa no cão. Segundo ela, ele também teria retirado a queixa. Ainda sobre o caso do projeto de lei, o Instituto Apoiar gravou um depoimento da vereadora como direito de resposta. Confira:


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