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Estado de Minas DIVINÓPOLIS

Família de costureira desaparecida acredita que ela foi assassinada pelo marido


postado em 18/04/2011 18:10 / atualizado em 18/04/2011 20:55

Michelly Barbosa Tavares Santos está sumida há mais de 40 dias(foto: Arquivo pessoal )
Michelly Barbosa Tavares Santos está sumida há mais de 40 dias (foto: Arquivo pessoal )
Drogas, brigas e muitas passagens pela delegacia. Durante quase 12 anos, esse foi o relacionamento da costureira Michelly Barbosa Tavares Santos, de 33 anos e do pintor Washington da Costa, de 36. Há pouco mais de 40 dias, eles saíram juntos de casa e foram “resolver alguns problemas” no Bairro Afonso Pena, em Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas. Depois disso, ela nunca mais foi vista. A família acredita que ele tenha matado a mulher ou que ela esteja sendo mantida em cárcere privado. O suspeito nega as acusações, mas como continua sendo o principal alvo das investigações, foi levado para o Presídio Floramar, onde cumpre prisão temporária.

Familiares contam que o relacionamento do casal sempre foi conturbado. Ele, que seria viciado em crack, batia com freqüência na companheira. O histórico médico da vítima comprova o abuso: em suas crises de abstinência pela droga ou mesmo sob o efeito do crack, Washington já teria quebrado a perna, o nariz e o dente da frente de Michelly. Segundo a irmã da costureira, Kellen dos Santos, de 32, as agressões aconteciam a qualquer hora do dia, na frente de parentes e amigos. “Uma época ele ficou preso por roubo e ela conheceu outra pessoa. Eles até tiveram um filho juntos. É o caçula dela. Mas quando o outro saiu da cadeia, eles voltaram. Ela até bebia sim, mas droga minha irmã nunca usou”, lembra.

Desde que a irmã sumiu, Kellen tem ajudado o pai e a mãe a seguir em frente. Sem saber do paradeiro de Michelly, ela conta que a angústia e a esperança de encontra-la viva, tem tirado noites de sono e a tranqüilidade de todos os que conheciam a costureira. “Minha mãe só dorme com remédio. O pior é não saber o que aconteceu. Queremos ao menos o corpo, se ela estiver morta, para podermos fazer um velório. E para ter certeza que ela não está sofrendo por aí”, diz.

Kellen afirma que a filha nunca abandonaria os três filhos, de 8, 11 e 14 anos. Ela conta que uma blusa da irmã foi encontrada perto da ponte do rio Itapecerica, no bairro Niterói e que testemunhas afirmaram ver o casal junto, no bairro Afonso Pena, no mesmo dia em que Michelly desapareceu. No depoimento, o suspeito afirma que havia dois meses que o relacionamento havia acabado. “O menino de 11 anos, inclusive, é filho do Washington. Quando foi preso, ele chegou a falar que nunca havia namorado a Michelly, depois mudou a versão e disse que há dois meses não a via”, diz.

O advogado da família, Willer Vidigal, esteve ontem na delegacia de Divinópolis, para apurar como andam as investigações. Ele adiantou que algumas testemunhas foram ouvidas e alguns indícios encontrados. Mas explica que os trabalhos ainda não estão concluídos. “Queremos ajudar nas investigações e acompanhar o processo. Existe ainda uma casa que precisa ser investigada, que pode haver uma relação com o desaparecimento e outros detalhes a ser investigados”, finaliza.

O delegado responsável pelo caso, Marcelo Nunes, estava de folga ontem e não foi encontrado para dar mais informações sobre o caso.

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