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Estado de Minas

Inquérito vai apontar causas do acidente que matou 12 no Vale do Mucuri


postado em 10/04/2011 14:49 / atualizado em 10/04/2011 15:02

Delegado Alberto Tadeu Cardoso Oliveira inspeciona destroços do micro-ônibus que já foi usado no transporte suplementar de Belo Horizonte(foto: Jair Amaral/EM/D.A.Press)
Delegado Alberto Tadeu Cardoso Oliveira inspeciona destroços do micro-ônibus que já foi usado no transporte suplementar de Belo Horizonte (foto: Jair Amaral/EM/D.A.Press)

 

O inquérito policial que vai apurar as causas do acidente com um micro-ônibus que matou 12 pessoas e deixou 13 feridas em Frei Gaspar, no Vale do Mucuri, será instaurado nesta segunda-feira. O coletivo caiu de uma altura de mais de 50 metros, na curva do km 481 da MG-432. A informação é do delegado regional de Teófilo Otoni Alberto Tadeu Cardoso Oliveira. “O inquérito vai apurar detalhes, desde se o motorista tinha experiência em transporte de passageiros, até se o veículo oferecia as condições para a atividade”.

Ainda na noite da sexta-feira, momentos depois do acidente, o delegado Oliveira seguiu para o local e deu início aos levantamentos. Ele ficou impressionado com o que viu. “O micro-ônibus passou sobre a copa de uma árvore, para em seguida cair de ponta. É um milagre que muitos ainda tenham escapado, dado o forte impacto causado ao pescoço”, observou.

De acordo com o policial, duas perícias já foram realizadas pelos técnicos da Polícia Civil. “Logo depois de socorridas as vítimas foi realizado um levantamento dos peritos. No sábado, antes da retirada do micro-ônibus, voltamos ao local para colher mais dado. Agora faremos uma terceira perícia nas peças do que restou do veículo, para constatar se houve mesmo uma falha mecânica, principalmente no sistema de freios”.

Numa rápida análise dos destroços, o delegado constatou que o pneu dianteiro direito não apresentava as condições ideais para o transporte de passageiros, já que estava com desgaste acima do recomendado. Os pneus dianteiros eram recapados, o que não é permito por lei para o transporte de passageiro. O micro-ônibus, placa GVP 9644, de Belo Horizonte, ano 2001, aparentemente não tinha sido transferido para Vilmar, cujo endereço residencial é no distrito de São Miguel, em Ataléia, também no Vale do Mucuri.

Com capacidade para 21 passageiros assentados, mais o motorista, no dia do acidente estavam no veículo 25 pessoas. O aposentado Aurélio Prates Rodrigues, de 53, ex-marido da professora Suely Bukzem e pai de Natália, filha do casal, que morreram no acidente, garante que antes de iniciada a viagem o motorista Vilmar Magalhães, que teria comprado o veículo a cerca de 60 dias, afirmou que a documentação estava regularizada para o transporte de passageiros.

Estrada

O prefeito de Frei Gaspar, Jazy Guedes, disse que nos próximos dias volta a se mobilizar para que a MG-342 receba sinalização e proteção nos trechos perigosos. “Nas curvas mais perigosas, além da falta de barreiras de proteção, não há área de escape. Há quatro anos a estrada foi asfaltada e, desde então, são vários os pedidos de melhoria das condições de segurança.” O major Gilson Alves, comandante da Polícia Militar Rodoviária da região, alerta para o perigo nas várias rodovias de acesso aos municípios da área. “Devido ao próprio relevo, são estradas sinuosas e estreitas. Na curva em que o micro-ônibus caiu, já teve outros cinco acidentes com mortes”, assinalou o oficial.

 


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