(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas VENDA DO INTERIOR

Produtos típicos de outras regiões do estado têm boa aceitação na capital


postado em 31/05/2015 06:02 / atualizado em 31/05/2015 09:29

O chef Luiz Paulo Mairink cozinha na mercearia, que vira bar em três dias da semana, para mostrar uso dos itens que vende na Bitaca da Leste (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
O chef Luiz Paulo Mairink cozinha na mercearia, que vira bar em três dias da semana, para mostrar uso dos itens que vende na Bitaca da Leste (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)

Com pouco mais de um século de fundação, Belo Horizonte é uma capital jovem, formada por famílias que migraram (e o fluxo continua) do interior do estado para a formação da cidade grande e também de outras regiões do país. De olho nessa migração, o chef de cozinha Luiz Paulo Mairink decidiu criar um espaço para ofertar produtos com a essência do interior. “A proposta era criar uma mercearia que pudesse trazer coisas do interior pouco exploradas associadas a uma cozinha onde eu pudesse fazer alguns pratos”, explica. Nascia aí o projeto da Bitaca da Leste, mescla de bar e armazém em um cantinho aconchegante no boêmio Bairro de Santa Tereza.

Carne de lata, queijo curado, requeijão, manteiga de garrafa, café, doce de leite e geleias são alguns dos produtos selecionados a dedo pelo empresário em uma expedição de carro Minas Gerais afora. Os itens são expostos em prateleiras de madeira que muito lembram uma casa da roça. “BH tem muita gente do interior. A aposta é aproveitar esse público. Por exemplo, tem muita gente do Norte que adora paçoca de carne, mas aqui não encontra”, afirma Mairink.

A aposta em um espaço híbrido ajuda a rentabilizar o negócio. Aberto cinco dias da semana, nas terças, quintas e sábados Luiz Paulo vai para o fogão preparar pratos elaborados com alguns dos produtos expostos. Neses dias, a mercearia é também um bar. O chef aproveita a tradição de bares do bairro para lucrar. Além de experimentar um dos pratos, é uma oportunidade de o cliente ter uma sugestão de como usar os itens na cozinha, diz.

Segundo ele, entre 60% e 70% do faturamento é obtido apenas nos três dias de funcionamento do bar. “Uma coisa complementa a outra não só no conceito, mas na questão financeira”, pontua. A percepção dele é que com o tempo a mercearia vai equilibrar os ganhos. Isso permite que a Bitaca da Leste funcione sem funcionários fixos, com a ajuda de uma segunda pessoa nos dias do bar. Detalhe: normalmente quem acompanha Luiz Paulo é a esposa dele, Alice Maciel.

Mercado Antes de abrir o empreendimento, o jovem empresário fez uma pesquisa de mercado para conhecer outras lojas com serviços parecidos na cidade. Lojas com conceitos mais aproximados foram identificadas no mercado do Cruzeiro e Central. Única possível concorrente em lojas de rua seria o armazém De Lá, no Bairro Funcionários. Assim como a Bitaca da Leste, o espaço oferta quitutes típicos do interior.

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)