(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas MODA/COMÉRCIO

Varejo de suprimentos da moda é opção que exige capital e conhecimento


postado em 24/05/2015 06:08 / atualizado em 24/05/2015 09:40

Dono do Mundo dos Armarinhos, Fausto Izac (dir), e os filhos decidiram investir em loja de tecidos(foto: Jair AmaralEM/D A Press)
Dono do Mundo dos Armarinhos, Fausto Izac (dir), e os filhos decidiram investir em loja de tecidos (foto: Jair AmaralEM/D A Press)
Varejo ou atacado? São muitos os empreendedores que, ao pensar no próprio negócio, têm essa dúvida em mente. A resposta certa virá depois de um bom plano de negócio e do tipo de produto e objetivos do empresário para o seu empreendimento. Mas, de certa forma, Belo Horizonte tem boas experiências nesse ramo. Exemplo disso são as lojas do Barro Preto – região mais conhecida como Polo da Moda de BH. Estão ali 3,7 mil empresas, que vendem aos belo-horizontinos e também para o resto do país. Mas qual seria o custo de uma loja na área de moda?

Com no mínimo R$ 300 mil, o empreendedor consegue ser um lojista, conforme aposta o diretor da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) e coordenador do Conselho CDL/Barro Preto, Fausto Izac. Segundo ele, que trabalha no comércio no ramo da moda, hoje, o aluguel de um estabelecimento gira de R$ 5 mil a R$ 15 mil. “O empreendedor tem que entender que não terá somente isso de custo. Terá que pagar impostos, empregados, fornecedores e tantas outras contas”, comenta Fausto. Ele diz que, antes de tudo, o candidato tem que ter ciência de que, em um bom período, antes de as vendas se consolidarem, ele terá que se virar com as suas despesas. “Nesse tempo, ele não pode tirar valores do caixa da empresa. É preciso esperar seis meses para isso”, aponta.

Para Fausto, a vantagem de se ter um comércio no ramo da moda é poder se adaptar às tendências. “Há mais flexibilidade e, se algum produto não der certo, você o retira das prateleiras”, diz. Mas, como qualquer outro ramo dentro desse segmento, quem quer trabalhar com varejo ou atacado em lojas tem que se aprofundar, estudar e se qualificar. “O amadorismo também não tem espaço aqui, antes bastava ter coragem. Mas Minas está em um momento bem maduro e quem quer entrar tem que se profissionalizar. Um dos pré-requisitos para quem quer, revender ou vender, decidir o que criar de peças em lojas é se atualizar sempre, conforme indica Fausto. “Tem que estar atento às modas nas ruas, ao comportamento de consumo. Tudo, na moda, pode mudar de um dia para o outro”, avisa.

Fausto tem experiência nisso. Há 27 anos, ele é dono da loja Mundo dos Armarinhos, no Barro Preto, que vende tecidos e aviamentos. “Há cinco anos, eu e meus filhos, que estudaram muito para isso, abrimos uma loja de tecidos. Eu dizia a eles, que somente cinco anos depois a firma deveria dar dinheiro. A maturidade para o negócio vem com 10 anos”, ensina, dizendo que os brasileiros são muito imediatistas. “É preciso paciência e muito trabalho. Segundo dados do Sebrae, apenas 1% das pequenas empresas completam 10 anos”, cita. Segundo ele, quando o comerciante vende por atacado para outras localidades, ele tem que ter ciência de que essa venda é cara e é necessário tem um representante para fazer o trabalho.

CUSTO No Brasil, existem cerca de 800 mil pequenas empresas ligadas ao varejo de moda. Com menos de R$ 300 mil para investir, Fausto não aconselha abrir um negócio, principalmente, no ramo do varejo. “Se a pessoa paga R$ 5 mil de aluguel, ela tem o que cobrir esse custo com dois dias de venda. É perigoso se aventurar com menos de R$ 300 mil nesse ramo, porque há o investimento com instalações, marcas e outras contas”, destaca. Ele aconselha quem quer entrar no meio a ter planejamento, capacitação e visão estratégica. “Em qualquer empreendimento, o sonho é fundamental. É preciso estar disposto e assumir desafios, porque eles virão e serão muitos”, avisa.

MUNDO DO ATACADO Ainda este ano, está previsto para ser inaugurado na capital mineira o Fashion City Brasil - um empreendimento de cerca de R$280 milhões já chamado de "cidade da moda". A ideia é proporcionar uma nova experiência de compra no atacado que reúne negócios e entretenimento. Ao todo, 514 marcas representantes de 13 estados brasileiros (mais o Distrito Federal) devem aderir ao empreendimento, que tem potencial para faturar mais de R$ 1 bilhão por ano, gerar 1.700 mil empregos diretos e cerca de 10 mil indiretos.

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)