A Confederação Nacional da Indústria (CNI) anunciou nesta quarta-feira, 30 de maio, os vencedores do Prêmio CNI de Jornalismo. Trabalhos veiculados em TVs, jornais, revistas, rádios, sites e blogs concorreram em 13 modalidades diferentes e a R$ 240 mil em valores brutos. Ao todo, 323 reportagens foram inscritas e 32 destacadas entre as finalistas. O principal vencedor da noite, ganhador do Grande Prêmio José Alencar e de R$ 40 mil, foi o jornal Estado de Minas, pela série de reportagens Sertão Grande, de Paulo Henrique Lobato e Luiz Ribeiro. Na categoria jornal, o prêmio também ficou com os Diários Associados, com o Correio Braziliense, pela série Profissão perigo, escrita por Ana d’Angelo.
A Rádio Bandeirantes, de São Paulo, venceu a categoria radiojornalismo com a série A indústria equilibrista, de Chico Prado. Já em internet, o Portal NE-10/JC Online, de Recife, venceu com a reportagem Energia – A hora de renovar, de Inês Calado, Gustavo Belarmino e Juliana de Melo. Todos os ganhadores levaram R$ 20 mil (em valores brutos) cada um.
Sertão Grande
Por 10 dias, no lombo de mulas e cavalos, João e Manuel guiaram 300 cabeças de gado do povoado de Barreiro Grande ao de Araçaí. A viagem permitiu a Guimarães Rosa, sobrenome do médico e diplomata João, coletar informações sobre o sertão mineiro. As anotações, que despertavam a atenção do vaqueiro Manuelzão, renderam ao escritor de Cordisburgo o romance Grande sertão: veredas, cujo enredo principal é a guerra entre bandos de jagunços pelo Norte e Noroeste de Minas.
A viagem dos amigos, feita na companhia de outros seis vaqueiros, completou 60 anos este mês. Em comemoração à data, o Estado de Minas publicou a série Sertão Grande. As matérias traçam um paralelo entre a economia atual e a daquela época em lugares percorridos tanto por João e Manuel quanto pelos personagens do livro. Para isso, a reportagem visitou 25 localidades, num percurso de 4,2 mil quilômetros e nos mesmos 10 dias gastos pela comitiva original.