O case apresentado pela diretora-geral do Instituto Kairós, Rosana Bianchini, mostra um trabalho voltado para o desenvolvimento humano, fortalecimento de políticas públicas, geração e transferência de tecnologias sociais e fomento de redes socioeducativas, produtivas e culturais das comunidades onde atua, além de valorizar os recursos naturais e a biodiversidade.
O Kairós nasceu na comunidade de São Sebastião das Águas Claras – mais conhecida como Macacos –, em Nova Lima, na Grande BH, e atua em três dimensões, que são estratégicas para a sustentabilidade da instituição. “Temos uma ação na comunidade focada na prática, uma ação de cooperação técnica, que permite criar uma rede de parceiros intersetoriais para fortalecer nossa ação no território, e a possibilidade de multiplicar essa tecnologia social, transferindo-a para outros territórios”, explica.
A experiência do Instituto Kairós teve inicio em 2002, em um cenário pouco animador. Embora Macacos tenha forte tradição cultural, a comunidade estava enfraquecida. Sua estrutura turística era pouco qualificada, o cenário político estava desarticulado e sem lideranças locais e o setor produtivo era pouco expressivo e sem redes de comunicação local para disseminar a informação e o conhecimento. Além disso, os idosos que residiam em Macacos eram pouco valorizados, da mesma forma que crianças e jovens, que não dispunham de equipamentos culturais e opções de lazer.
Diante desse quadro, o desafio era desenvolver ações que resgatassem a cultura local, fortalecesse suas bases hereditárias e despertassem o “reencantamento” pela vida comunitária. Rosana Bianchini conta que, aproveitando uma área da prefeitura de Nova Lima que estava desativada e bastante degradada, o Kairós deu início ao diálogo com a comunidade, que, nesse primeiro momento, participou da construção da própria sede do Instituto, processo no qual foram utilizados materiais locais, como o bambu, e técnicas como o pau a pique.
Durante os quatro anos que duraram a construção do espaço, o contato com a cultura dos raizeiros locais mostrou que o uso de plantas medicinais era muito forte na comunidade. O grupo, então, começou a promover oficinas de formação sobre as plantas medicinais e a trabalhar outras temáticas. Foram implantadas hortas comunitárias nas quais eram cultivadas ervas medicinais que deram origem à produção local de medicamentos de farmácia caseira.
Rosana Bianchini explica que, com o aumento da procura pelos medicamentos caseiros, o próximo passo do projeto foi trabalhar na validação desse conhecimento em uma base mais cientifica, o que permitiu a distribuição dos medicamentos no posto de saúde da própria comunidade.
RECONHECIMENTO Para viabilizar a produção dos medicamentos, um longo caminho foi percorrido. Começou com o recolhimento do lixo orgânico dos restaurantes e pousadas, que foi utilizado para a produção de adubo via compostagem, viabilizando a construção dos viveiros de mudas. Daí a implantação das hortas em que são produzidas as ervas que abastecem o laboratório, onde são processadas e transformadas em medicamentos. A iniciativa foi reconhecida em 2008 pelo Prêmio Finep de Inovação Tecnológica na categoria Tecnologia Social na Região Sudeste.
O Instituto fomentou também a implantação de quintais produtivos, envolvendo a escola e as crianças; trabalhou na capacitação dos médicos e enfermeiros do SUS para a inclusão da fitoterapia na política pública do município; e despertou a comunidade para a geração de renda por meio da valorização do artesanato e da culinária tradicional, além de trabalhar a inserção dos idosos na comunidade, valorizando seus saberes.
Com o programa Escola Integrada, as crianças passam o dia no instituto em oficinas de formação musical, artes, educação ambiental, contação de histórias e oficinas de dança, entre outras atividades.
Serviço
Instituto Ethos
www3.ethos.org.br
Instituto Kairós
www.institutokairos.org.br
Centro Mineiro de Referência em Resíduos
www.cmrr.mg.gov.br
Plug Minas
www.plugminas.mg.gov.br
O Kairós nasceu na comunidade de São Sebastião das Águas Claras – mais conhecida como Macacos –, em Nova Lima, na Grande BH, e atua em três dimensões, que são estratégicas para a sustentabilidade da instituição. “Temos uma ação na comunidade focada na prática, uma ação de cooperação técnica, que permite criar uma rede de parceiros intersetoriais para fortalecer nossa ação no território, e a possibilidade de multiplicar essa tecnologia social, transferindo-a para outros territórios”, explica.
A experiência do Instituto Kairós teve inicio em 2002, em um cenário pouco animador. Embora Macacos tenha forte tradição cultural, a comunidade estava enfraquecida. Sua estrutura turística era pouco qualificada, o cenário político estava desarticulado e sem lideranças locais e o setor produtivo era pouco expressivo e sem redes de comunicação local para disseminar a informação e o conhecimento. Além disso, os idosos que residiam em Macacos eram pouco valorizados, da mesma forma que crianças e jovens, que não dispunham de equipamentos culturais e opções de lazer.
Diante desse quadro, o desafio era desenvolver ações que resgatassem a cultura local, fortalecesse suas bases hereditárias e despertassem o “reencantamento” pela vida comunitária. Rosana Bianchini conta que, aproveitando uma área da prefeitura de Nova Lima que estava desativada e bastante degradada, o Kairós deu início ao diálogo com a comunidade, que, nesse primeiro momento, participou da construção da própria sede do Instituto, processo no qual foram utilizados materiais locais, como o bambu, e técnicas como o pau a pique.
Durante os quatro anos que duraram a construção do espaço, o contato com a cultura dos raizeiros locais mostrou que o uso de plantas medicinais era muito forte na comunidade. O grupo, então, começou a promover oficinas de formação sobre as plantas medicinais e a trabalhar outras temáticas. Foram implantadas hortas comunitárias nas quais eram cultivadas ervas medicinais que deram origem à produção local de medicamentos de farmácia caseira.
Rosana Bianchini explica que, com o aumento da procura pelos medicamentos caseiros, o próximo passo do projeto foi trabalhar na validação desse conhecimento em uma base mais cientifica, o que permitiu a distribuição dos medicamentos no posto de saúde da própria comunidade.
RECONHECIMENTO Para viabilizar a produção dos medicamentos, um longo caminho foi percorrido. Começou com o recolhimento do lixo orgânico dos restaurantes e pousadas, que foi utilizado para a produção de adubo via compostagem, viabilizando a construção dos viveiros de mudas. Daí a implantação das hortas em que são produzidas as ervas que abastecem o laboratório, onde são processadas e transformadas em medicamentos. A iniciativa foi reconhecida em 2008 pelo Prêmio Finep de Inovação Tecnológica na categoria Tecnologia Social na Região Sudeste.
O Instituto fomentou também a implantação de quintais produtivos, envolvendo a escola e as crianças; trabalhou na capacitação dos médicos e enfermeiros do SUS para a inclusão da fitoterapia na política pública do município; e despertou a comunidade para a geração de renda por meio da valorização do artesanato e da culinária tradicional, além de trabalhar a inserção dos idosos na comunidade, valorizando seus saberes.
Com o programa Escola Integrada, as crianças passam o dia no instituto em oficinas de formação musical, artes, educação ambiental, contação de histórias e oficinas de dança, entre outras atividades.
Serviço
Instituto Ethos
www3.ethos.org.br
Instituto Kairós
www.institutokairos.org.br
Centro Mineiro de Referência em Resíduos
www.cmrr.mg.gov.br
Plug Minas
www.plugminas.mg.gov.br