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Estado de Minas MINAS+VIVA

Coleta seletiva com inclusão social


postado em 20/08/2012 18:12 / atualizado em 20/08/2012 19:21

Dois dos focos do Centro Mineiro de Referência em Resíduos são a coleta seletiva e a reciclagem, além do gerenciamento adequado dos resíduos sólidos(foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
Dois dos focos do Centro Mineiro de Referência em Resíduos são a coleta seletiva e a reciclagem, além do gerenciamento adequado dos resíduos sólidos (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
O CMRR está empenhado em fomentar a geração de renda a partir da coleta seletiva e da reciclagem. “Passamos do momento em que a simples extinção dos lixões resolvia o problema. A necessidade agora é dar destino adequado aos resíduos, recuperando e valorizando a matéria-prima”, afirma o coordenador de Tecnologia e Informações em Resíduos do CMRR, José Alexandre Péret Dell'Isola. Para evitar que toneladas de resíduos sejam aterrados todos os dias, o CMRR vem apoiando os municípios na implantação e gerenciamento adequado dos resíduos sólidos, com ênfase na coleta seletiva e reciclagem. “Atuamos em três áreas: mobilização social e apoio aos municípios; tecnologia e informação; e adoção de tecnologias inovadoras que aperfeiçoem, cada vez mais, a gestão”, explica.

“Temos uma parceria com o Ministério Público e o Instituto Coca-Cola para auxiliar os municípios que já tenham implantado a coleta seletiva. A metodologia cuida da gestão e da educação ambiental, criando viabilidade econômica para que a coleta se torne um programa sustentável do município”, explica José Alexandre. Para os que ainda não têm a coleta seletiva, é oferecido todo o apoio necessário para sua implantação. Hoje, segundo ele, 10 municípios recebem orientação do CMRR para manter a boa gestão de seus programas e outros 40 estão em fase de implantação de programas nessa área.

Onde a opção é a coleta seletiva envolvendo o trabalho de catadores, o CMRR atua na qualificação e fortalecimento das cooperativas, para que essas possam comercializar diretamente com a indústria, evitando a figura do atravessador. “Criamos uma central, coordenada pelo CMRR e operada pelas associações, que permite negociar diretamente com a indústria, mantendo quantidade, qualidade e regularidade no fornecimento.”

O CMRR visa também incentivar as cooperativas e associações de catadores a fazerem a reciclagem dos materiais que recolhem. A Cataunidos, localizada na Região Norte de BH, recicla o plástico das embalagens PET e agrega valor ao material negociado. Formada por nove associações, a Cataunidos transforma as garrafas em pellets, matéria-prima para várias indústrias.

A estrutura do CMRR conta com uma escola de gestão de resíduos, que oferece capacitação em diversos níveis, desde educação ambiental até pós-graduação, para universidades e gestores públicos. Desenvolve, também, projetos voltados para a geração de emprego e renda por meio da gestão de resíduos. Outra ação importante é o estabelecimento de diálogo entre o poder público e os catadores.

Um dos resultados é a Bolsa Reciclagem. “O mote para essa iniciativa foram as políticas Nacional e Estadual de Resíduos Sólidos. A lei, promulgada em 2011, prevê a concessão de incentivo financeiro às associações de catadores de materiais recicláveis pelos serviços ambientais que prestam.”

Hoje, cerca de 90% do material reciclado no país vem do trabalho dos catadores. “Esse é um serviço ambiental muito importante porque economiza energia e água e evita a retirada de matéria virgem da natureza, além de reduzir o acúmulo de rejeitos.”

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