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Estado de Minas MINAS+VIVA

Revitalização de hipercentros é tema de debate com atores culturais em BH


postado em 09/08/2012 18:28 / atualizado em 10/08/2012 14:16

(foto: Juliana Flister/ESP EM/ DA Press)
(foto: Juliana Flister/ESP EM/ DA Press)

O evento Minas+Viva foi encerrado na tarde desta quinta-feira com debate e apresentação de casos emblemáticos em torno do tema “Cultura e revitalização de hipercentro”. Inês Rabelo, gestora do Espaço CentoeQuatro e mediadora dos debates, destacou que as cidades pode ser um manancial de soluções, mesmo com todos os desafios apresentados. O CentoeQuatro é um exemplo disso. Conseguimos nos integrar ao entorno e promover uma nova ocupação do espaço, que começou com uma gafieira e hoje cresceu para um programa de revitalização do hipercentro de Belo Horizonte. A cultura está diretamente ligada ao desenvolvimento humano e à sustentabilidade”, contou Inês.

Em seguida, o diretor, ator e dramaturgo Pedro Paulo Cava relatou o insucesso do Projeto Rua da Bahia 24h, levantado por um grupo de artistas, empresários e produtores culturais nos anos 90 e que acabou não se efetivando.

“Todos os equipamentos mais importantes de Belo Horizonte estão na rua da Bahia e no seu entorno. Ela vive no imaginário da cidade. Ela é a artéria da cidade, que leva para o conhecimento e para o entretenimento. O projeto não deu certo em sua forma original, mas pode ser retomado com as intervenções arquitetônicas, históricas e culturais, a exemplo do que acontece em Corrientes (Argentina)”, afirmou o diretor.

Plínio Fróes, diretor do Instituto Rio Scenarium, trouxe um exemplo bem sucedido da Lapa, no Rio de Janeiro. “Sustentabilidade é superação e conquista. A Lapa não representava o que representa hoje. A iniciativa dos empresários atraiu o poder público e outros comerciantes. O modo sustentável começou, no nosso caso, pelo viés econômico, mas avançou para o associativismo, restauro e reaproveitamento de móveis e objetos, coleta seletiva realizada mesmo sem apoio do poder público, formação de jovens e qualificação de profissionais”, contou Plínio.

O grupo que era de comerciantes passou a ser um movimento de recuperação do Rio Antigo, desde uma calçada quebrada até a falta de segurança. “Hoje a região recebe dezenas de milhares de turistas brasileiros e estrangeiros. A visão estratégica garante sustentabilidade dos negócios, e negócios sustentáveis levaram a um modelo de bem estar social e ambiental. O centro de BH, ou pelo menos parte dele, também pode caminhar nesse sentido. Basta saber o que vocês sabem fazer, com amor, e parcerias com artistas e poder publico. O grande segredo, que não é segredo, é um processo orgânico, de baixo para cima”, defendeu Plínio.

O empresário mostrou que a Lapa, além de um ponto de efervescência cultural, é um ponto de preservação da cultura e da memória, estendendo a proteção ao patrimônio a outras partes do centro do Rio. “O que está por trás do sucesso é a equipe, que hoje é formada por 300 colaboradores pensando no bem comum”, concluiu Plínio.

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