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Estado de Minas MINAS+VIVA

Centro Mineiro de Referências em Resíduos mostra geração de renda com material reciclável


postado em 08/08/2012 16:26 / atualizado em 08/08/2012 18:50

(foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A Press)
(foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A Press)
A tarde desta quarta-feira do primeiro dia do Minas+Viva foi dedicada à apresentação de exemplos de sucesso. José Alexandre Péret Dell'Isola, diretor de informação e tecnologia do Centro Mineiro de Referência em Resíduos, apresentou as ações desenvolvidas pelo governo do Estado para transformar os materiais recicláveis em geração de renda.

Segundo ele, hoje, 50 municípios participam do programa de coleta seletiva no Estado, entre o que é realizado por meio de parcerias com o poder público e também empresas privadas. Além disso, o CMRR desenvolve a Central de Negócios com Recicláveis, que é coordenado pelo Centro e operado pelas associações de catadores, com o objetivo de garantir o volume, a qualidade e a regularidade dos materiais fornecidos às indústrias recicladoras.

“Outro objetivo é também aproximar as associações do processo de reciclagem. Hoje algumas associações, a exemplo da Cataunidos, de Belo Horizonte, mantém uma recicladora de plástico que já entrega à indústria o pet em forma de pellets, que é a matéria prima já pronta para entrar no processo produtivo”, explica Alexandre. O diretor destacou ainda a Bolsa Verde, projeto viabilizado pelo diálogo entre o governo do Estado e o Movimento de Catadores de Recicláveis.

Segundo Alexandre, o componente social da Política Nacional de Resíduos Sólidos é muito evidente e procurar reconhecer o serviço prestado por esses trabalhadores. “Mais de 90% do material recuperado no Brasil vem dos catadores, organizados ou não. Esse serviço merece remuneração. Além de tudo, eles contribuem para reduzir o consumo de água e energia, porque o processamento da matéria prima virgem é mais dispendioso. Pensando nisso, foi criada a Bolsa Verde”, explicou o diretor.

Estabelecida pelo decreto 45.975, de 4 de junho de 2012, a Bolsa Verde prevê uma remuneração variável, de acordo com o volume coletado pela associação e os tipos de resíduos recolhidos. Agora em agosto, foi finalizado o processo de entrega de documentos das associações, que serão avaliados pelo comitê gestor. O pagamento das primeiras bolsas deve acontecer ainda em 2012.

“Até agora, 105 associações apresentaram interesse em participar da Bolsa Verde no Estado. Além de viabilizar essa remuneração, vamos ser capazes de saber onde esses trabalhadores estão, qual sua capacidade e o volume de resíduos. Essas informações vão tornar possível decisões políticas mais ajustadas à realidade”, concluiu José Alexandre.

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