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Estado de Minas ENEM 2017

O Enem mudou. Confira dicas para se preparar para a prova em 2017.


postado em 10/04/2017 10:07 / atualizado em 10/04/2017 11:47

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Quem está se preparando para o Enem deve se adaptar, desde já, às novas regras da prova. Este ano, o exame será realizado em dois domingos consecutivos – dias 5 e 12 de novembro – e não em um único fim de semana, como acontecia até o ano passado. A medida deve beneficiar não só os sabatistas, que guardam o sábado por considerá-lo dia sagrado, mas também os demais estudantes, que poderão fazer a prova com menos cansaço e, possivelmente, terem melhor rendimento.

Para se beneficiar da mudança, no entanto, é necessário dominar as emoções e controlar a ansiedade. “O fato do aluno ter uma semana entre as provas contribui para reduzir o impacto negativo do cansaço, embora alguns acreditem que a espera poderá aumentar o nível de ansiedade. Manter um ritmo de descanso, com pelo menos 8 horas de sono por dia, é muito importante, mas o momento pede um último esforço para a realização das provas do segundo dia”, avalia a professora de Geografia e diretora de Ensino do Determinante Pré-Vestibular, Camila Ferreira.

Camila Ferreira - Determinante Pré-Vestibular.(foto: Divulgação.)
Camila Ferreira - Determinante Pré-Vestibular. (foto: Divulgação.)
 

O diretor Pedagógico do CDF Sistema de Ensino, Marcelo Mangini, também considera que o controle emocional é um fator crítico de sucesso. “Sem dúvida, a divisão em dois domingos é menos desgastante, do ponto de vista estritamente fisiológico. Há, entretanto, uma armadilha na esfera emocional. A semana de intervalo pode desencadear um aumento agudo de ansiedade”, alerta. Para driblar esse problema, ele indica dedicar um tempo a atividades relaxantes como ir à academia, fazer caminhadas ouvindo boas músicas ou assistir às séries favoritas por uma hora em cada turno de estudo.

Marcelo Mangini - CDF Pré-Vestibular.(foto: Divulgação.)
Marcelo Mangini - CDF Pré-Vestibular. (foto: Divulgação.)
 

Professores e especialistas consultados são unânimes em dizer que a semana entre provas não é o momento de aprender conteúdos novos: o ideal é reservar esse tempo para revisão e resolução de exercícios. “Na semana de intervalo, é fundamental que o aluno se mantenha focado, mas sem exageros. Ele deve ter em mente que em uma semana não é possível se preparar adequadamente para a avaliação. Por isso, não deve deixar conteúdo novo para ser visto nesse período, mas sim revisar e fixar os aspectos já trabalhados ao longo do ano”, reforça Aline Medeiros, professora de Língua Portuguesa da Rede Chromos de Ensino, do Colégio Bernoulli e do G8 Pré-Vestibular. Ela sugere que, nesse período, o foco seja a resolução de exercícios relacionados aos conteúdos nos quais o estudante tem mais dificuldade, para esclarecer dúvidas pontuais.

O diretor do CDF Sistema de Ensino, por sua vez, faz um alerta em relação à revisão dos conteúdos mais desafiadores na semana entre as provas: pode se tornar um problema para a autoestima. “Em vez disso, revise os conteúdos mais cobrados, sempre dedicando mais tempo à matemática que às disciplinas das ciências da natureza”, recomenda.

Outra mudança no Enem em 2017 é a distribuição do conteúdo. No primeiro domingo, os estudantes farão provas de ciências humanas, linguagens e redação. No segundo, as provas serão de matemática e ciências da natureza. Até o ano passado, o exame era realizado em um sábado e um domingo, no mesmo fim de semana, e a prova de redação era aplicada no segundo dia de exame. Com a mudança, no primeiro domingo, os estudantes terão cinco horas e meia de prova e, no segundo, quatro horas e meia.

Para o coordenador Pedagógico do Percurso Educacional, Pedro Henrique Bittencourt, essa é a mudança que trará mais impactos para o estudante, já que, até o ano passado, muitos reclamavam do tempo insuficiente para realizar as provas. Isso porque matemática e a redação - que normalmente demoram mais para serem resolvidas - eram cobradas no mesmo dia. A nova distribuição de conteúdos tende a facilitar a organização do tempo de prova, mas também exige preparação específica. “É necessário que os alunos se preparem fazendo muitos simulados, lendo muitos textos e fazendo muitos exercícios, para evitar o cansaço por excesso de leitura ou por excesso de cálculos”, afirmou.

Pedro
Pedro "Jesus" Bittencourt - Percurso Pré-Vestibular. (foto: Divulgação.)
 

Camila Ferreira recomenda que os alunos passem a associar, em seus estudos, as áreas do conhecimento que vai encontrar na prova. “Nenhuma novidade deve ser testada no dia do exame. Não se atentar a essas mudanças pode custar sua vaga no vestibular”, alertou. Ela acredita que a retirada da matemática do primeiro dia vá amenizar o problema da falta de tempo para resolver a prova Mas, a confirmação mesmo, só depois do exame. “É importante lembrar que é uma tentativa de melhora. Temos que aguardar as experiências dos alunos para ter certeza que foi uma mudança favorável, até porque eles terão, no primeiro dia, um volume grande de leitura a ser feito”, afirmou.

O diretor do Acerta Vestibular, Thiago Alvim, lembra que não existe uma fórmula pronta para que todos tenham bons resultados. Para ele, o ideal é que os alunos aproveitem o tempo de preparação, ao longo do ano, para encontrar seu modo próprio de lidar com as provas. “Alguns irão preferir começar pelas avaliações, outros pela redação e outros irão variar entre as avaliações e a redação. Por isso, os simulados são fundamentais, não apenas pelo conteúdo, mas também pela medição do tempo, das condições gerais de realização da prova. Tudo o que for possível deve ser testado antes, com muito cuidado e atenção”, explicou.

Os especialistas concordam que é fundamental realizar simulados que reproduzam, o melhor possível, as condições reais da prova. Isso ajuda os alunos a acostumarem-se com as mudanças, a identificarem possíveis dificuldades e a criarem estratégias de resolução do exame. Uma coisa, no entanto, não muda: para se sair bem, é preciso estudar de maneira eficaz.

As alterações no Enem 2017 foram feitas com base em consulta pública realizada pelo Ministério da Educação (MEC), que contou com a participação de cerca de 600 mil pessoas, entre os dias 18 de janeiro e 17 de fevereiro de 2017.

Veja abaixo outras dicas para se preparar para a prova:

-Não há nada que substitua os estudos!

“Existem dezenas de variáveis que vão impactar no desempenho do aluno. Mas, de todas, a que afeta de forma mais direta e intensa o resultado é a extensão do domínio adquirido sobre o conteúdo cobrado na prova. É nisso que o aluno deve concentrar sua energia, seu tempo. Em outras palavras: a preparação para a prova é, principalmente, estudar os conteúdos com a máxima eficiência.” (Marcelo Mangini, diretor Pedagógico do CDF Sistema de Ensino)

-Leia bastante.

“Preparar-se para a prova não é só assistir aulas e fazer resumos. A prática de leitura com foco na velocidade e na resistência é essencial para garantir uma nota alta no Enem.” (Marcelo Mangini, diretor Pedagógico do CDF Sistema de Ensino)

-No dia da prova, a redação não deve tomar mais que uma hora e meia.

“Não se deve gastar mais de uma hora e meia para escrever a redação. Recomenda-se que o aluno esteja bem informado e atualizado, já que a redação traz temas atuais, que interferem na sociedade brasileira.” (Pedro Bittencourt, coordenador Pedagógico do Percurso Educacional)

-Para treinar, faça redações cronometrando o tempo.

“Ao menos uma redação por semana, ao longo de todo o ano, deve ser feita no limite do tempo que estará disponível no dia da prova: uma hora” (Marcelo Mangini, diretor Pedagógico do CDF Sistema de Ensino)

-Não abra mão de fazer simulados.

“É aconselhável que os alunos façam muitos simulados e se acostumem com a nova distribuição de provas. Apenas possuir o conhecimento de todas as disciplinas não é o suficiente para conseguir um alto desempenho. É necessário que o aluno consiga desenvolver seu conhecimento de maneira rápida e dinâmica.” (Pedro Bittencourt, coordenador Pedagógico do Percurso Educacional)

-Durante a preparação, alterne exercícios, leitura e escrita.

“Na rotina diária dos estudos, o método mais eficiente de aprendizagem continua sendo a alternância: matemática, depois história, depois física, depois redação, depois química e assim por diante”. (Marcelo Mangini, diretor Pedagógico do CDF Sistema de Ensino)

-Na semana entre as provas, a palavra é moderação.

“Mais do que aprender novos conteúdos, é hora de ratificar o que já foi estudado durante o ano, buscando alternar estudo com atividades físicas ou outras que o aluno considerar importante. Tudo com moderação”. (Thiago Alvim, diretor do Acerta Vestibular)

 

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