(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas GEOGRAFIA

Efeito estufa e o aquecimento global


[{'grupo': '', 'id_autor': 1951, 'email': 'suporte@epercurso.com.br', 'nome': 'L\xedvia Machado'}]

postado em 11/05/2016 09:46 / atualizado em 11/05/2016 10:21

Quem se lembra de já ter passado por outonos mais frios não está com a impressão errada. Nas últimas décadas a temperatura global aumentou e a tendência é que, caso nada seja feito, continue aumentando, trazendo consequências sérias para o planeta. O principal responsável pelo o aquecimento global é o efeito estufa, mas antes de condená-lo, é preciso conhecê-lo.

Efeitos do aquecimento global no Glacial MacCarty - Alasca(foto: Ulysses Sherman Grant, 1909 - Bruce F. Molnia, 2004 - USGS)
Efeitos do aquecimento global no Glacial MacCarty - Alasca (foto: Ulysses Sherman Grant, 1909 - Bruce F. Molnia, 2004 - USGS)
 

O efeito estufa é fundamental para a existência da vida, como conhecemos hoje, no planeta, já que é o mecanismo responsável por manter a superfície terrestre aquecida. Funciona da seguinte maneira: o Sol emite radiações para o espaço e elas chegam até a Terra. Cerca de um terço da radiação que atinge o nosso planeta é refletida de volta para o espaço assim que alcança a atmosfera, camada de gases que envolve a Terra. O restante penetra na atmosfera e chega aos nossos continentes e oceanos, levando ao aquecimento – essencial à nossa vida.

No entanto, muito dessa energia que chega à superfície é irradiada de volta para o espaço. Para manter a temperatura equilibrada, sem resfriamento rápido, essa energia é retida pelos gases da atmosfera e isso configura o efeito estufa. Sem ele, estima-se que a Terra seria cerca de 30°C mais fria do que é hoje, transformando-se em um ambiente bem menos adequado à vida humana.

O problema é que muitas atividades que tiveram crescimento desenfreado nas últimas décadas levam ao aumento dos níveis desses gases, principalmente o dióxido de carbono (CO2), na atmosfera. Por exemplo, o uso de combustíveis fósseis como gasolina e gás natural nos meios de transporte, a aplicação de fertilizantes na agricultura e a forma como o lixo é tratado, entre tantas outras.

No Brasil, a maior parte dos gases do efeito estufa são provenientes do desmatamento. Isto porque os ecossistemas naturais, como as florestas, têm grande capacidade de absorver e estocar CO2 . Quando eles são incendiados ou desmatados, este dióxido de carbono é liberado para a atmosfera, o que aumenta o efeito estufa e, consequentemente, as temperaturas.

O aquecimento global traz consequências danosas como a desertificação de áreas cultiváveis, o aumento da incidência de tempestades e furacões, a proliferação de doenças de países quentes (malária e dengue, por exemplo), a destruição de florestas, a extinção de espécies animais e vegetais, a redução das chuvas e o derretimento de calotas polares, levando ao aumento do nível dos oceanos, com risco de desastres em áreas urbanas do litoral.
Para reduzir as emissões de gases do efeito estufa devem ser tomadas medidas para diminuir o desmatamento, aumentar o reflorestamento, priorizar o uso de energias renováveis (como a solar e eólica) e de biocombustíveis (etanol e biodiesel), melhorar o transporte público, entre outras.

Acordo de Paris

No dia 22 de abril de 2016, líderes de 175 países assinaram o Acordo Climático de Paris, um pacto internacional pela redução de emissão dos gases do efeito estufa. A partir de então, os países devem aprovar o acordo formalmente, por meio de seus procedimentos internos (no caso do Brasil, aprovação de uma lei pelo Congresso Nacional). O acordo entra em vigor 30 dias depois de ser ratificado por pelo menos 55 países, responsáveis por aproximadamente 55% das emissões globais. Outros países ainda podem assinar o documento até 21 de abril de 2017.

A assinatura do Acordo de Paris foi um momento histórico para combater a mudança climática.(foto: ONU)
A assinatura do Acordo de Paris foi um momento histórico para combater a mudança climática. (foto: ONU)
 

O Acordo de Paris vincula legalmente os países signatários e define, pela primeira vez, metas para todas as nações, e não só os países desenvolvidos, como era o caso do Protocolo de Quioto, assinado em 1997. O texto foi aprovado no dia 12 de dezembro de 2015, quatro meses antes do início das assinaturas, durante a 21ª Conferência das Partes (COP21) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que aconteceu em Paris.

A meta é que os países definam estratégias para limitar o aumento da temperatura da Terra a 2°C (se esforçando para que não passe de 1,5°C) em relação aos níveis pré-industriais. O Brasil apresentou a meta de diminuir as emissões de gases de efeito estufa em 37% até 2025 e em 43% até 2030, tendo 2005 como ano-base.

O acordo prevê investimento de US$100 bilhões por ano, até 2020, para investimento em projetos de adaptação dos efeitos do aquecimento. Acesse o texto do Acordo de Paris na íntegra: https://nacoesunidas.org/acordodeparis/

Artigo do Percurso Pré-vestibular e Enem.

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)