"Go" mostra a superioridade da mente humana em relação aos supercomputadores. Com origem há cerca de 5 mil anos na antiga China, "Go" é um jogo estratégico de soma zero e de informação perfeita para tabuleiro, em que duas pessoas posicionam pedras de cores opostas. O seu nome se originou da pronúncia japonesa de um antigo caractere ? (go) e sua tradução significa "jogo de cercar (território)". Acredita-se que nenhuma partida de "Go" foi repetida nem uma única vez!
Isso pode ser verdade já que em um tabuleiro 19x19, existem cerca de 3³6¹×0.012 = 2.1×10¹7° posições possíveis, a maioria das quais são o resultado final de cerca de (120!) 2 = 4.5×10³?7 diferentes partidas sem capturas, resultando num total de 9.3×10567 jogos. Permitindo fazer capturas, então temos 10 elevado a (7,5 x 1048) partidas possíveis, a maioria das quais chegariam a ter 1.6×104? movimentos. Só para fazer duas comparações, o número de posições legais no Xadrez é estimado entre 104³ e 105° (com 10¹²³ partidas legais), e os físicos estimam que não há mais do que 10?° prótons no universo inteiro visível.
Devido a essas características, os supercomputadores ainda são incapazes de derrotar grandes mestres do "Go", assim como fizeram no "Xadrez", "Otelo", "Pôquer" e outro jogos. Curiosidade: "Go" era o jogo preferido de Einstein, do prêmio Nobel John Nash, do especialista em criptografia I.J.Good e de outros grandes nomes da física e matemática.
Raphael Xanchão é professor de Matemática do Percurso Pré-vestibular e Enem.
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Go_and_mathematics