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Estado de Minas

Com edital publicado, confira quais serão as mudanças do Enem 2017

Uma das novidades é aumento no valor da inscrição, que agora será de R$ 82. A realização das provas em dois fins de semana é outra modificação


postado em 11/04/2017 06:00 / atualizado em 11/04/2017 07:52

Candidatos a uma vaga em universidades públicas do país durante provas do Enem de 2016 na PUC Minas(foto: Marcos Vieira/EM/D.A PRESS - 04/12/2016)
Candidatos a uma vaga em universidades públicas do país durante provas do Enem de 2016 na PUC Minas (foto: Marcos Vieira/EM/D.A PRESS - 04/12/2016)
Foi aberta ontem oficialmente a temporada do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017, com a publicação do edital no Diário Oficial da União (DOU). Uma das novidade é o aumento de 20,5% no valor da inscrição, que passou de R$ 68 para R$ 82. Alteração nos dias de aplicação, nos cadernos de prova e redução da quantidade de participantes são outras mudanças. Para dar conta de tantas regras, e do próprio estresse ligado aos testes, em Belo Horizonte uma escola particular convida os pais a sentir na pele o que os filhos passam durante a avaliação mais importante do país.

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o aumento no preço da inscrição corrige o valor pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) não aplicado nos últimos anos. Estão isentos estudantes de escolas públicas concluintes do ensino médio em 2017; participantes carentes que atendam aos critérios do CadÚnico (sistema de acesso a programas sociais, como o bolsa-família); estudantes que se enquadrarem nas exigências da Lei 12.799/2013 (renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio, o equivalente a R$ 1.405,50, ou que cursaram o ensino médio completo em escola da rede pública ou como bolsista integral em escola da rede particular).

O Enem passa a ser aplicado em dois domingos – 5 e 12 de novembro. O Inep estima a participação de 7,5 milhões de candidatos, contra 8,6 milhões de 2016. A diminuição se deve ao fato de que agora o exame deixa de certificar o ensino médio, tarefa que volta a ser cumprida pelo Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja).

Outra mudança é na redação, tradicionalmente aplicada no segundo dia de provas. Agora, os alunos farão a produção de texto no primeiro dia, com linguagens e códigos e ciências humanas. Com isso, o dia 5 terá o maior tempo de avaliação: cinco horas e 30 minutos. No dia 12, serão quatro horas e 30 minutos, com as provas de ciências da natureza e matemática.

No quesito segurança, mudam critérios do caderno de questões, que passam a ter nome e número de inscrição do participante. O objetivo é facilitar a identificação de possíveis fraudadores. Os cadernos continuam a ter cores diferentes, mas não será mais necessário assinalar a cor no cartão-resposta. Está mantida a obrigatoriedade de transcrever a frase de segurança do caderno para o cartão-resposta.

Um novo recurso de acessibilidade começa a ser oferecido, em caráter experimental. Os participantes surdos ou deficientes auditivos poderão participar de aplicação experimental de um dispositivo em vídeo contendo questões traduzidas em Língua Brasileira de Sinais (Libras). Outra novidade é em relação ao tempo adicional, que não poderá mais ser solicitado na hora da prova, mas apenas no ato da inscrição – exclusividade de participantes deficientes ou com outra condição especial.

A inclusão da opção “outra condição específica” também é novidade e contemplará participantes que não se enquadram nos requisitos necessários ao atendimento especializado, mas precisam de algum recurso para a prova, considerando um rol de doenças.

Troca de papéis A preparação do processo seletivo mais aguardado do ano por quem está de olho numa vaga no ensino superior exige o apoio dos familiares. Acompanhar sem pressionar é a dica de psicólogos e professores. Para entender melhor o “mundo Enem” e estimular os filhos a estudar, o colégio Magnum Buritis, na Região Oeste de BH, chamou familiares para conhecerem melhor a prova. Sábado de manhã, pais e mães e alunos do 9º ano do fundamental ao 3º ano do médio participaram do Enem família, em sua segunda edição. Juntos, eles resolveram 36 questões das quatro áreas cobradas no exame.

O primeiro objetivo, como explica a coordenadora dessas séries na escola, Jacqueline Fonseca, é os pais perceberem como as áreas de conhecimento são cobradas no exame. O segundo é fazê-los se aproximar dos filhos. “Pais e mães se sentiram desafiados com essa nova proposta de ensino, pois a maioria é de uma geração em que era cobrada a memorização. Para o Enem isso não funciona.” Os resultados serão computados hoje, com direito a ranqueamento por ano e série. Todos fizeram o mesmo teste, com questões interpretativas selecionadas por uma equipe de professores. Os pais só saberão se conseguiriam uma vaga em universidade federal depois da páscoa. “para fazer o mistério do Enem e para sentirem a ansiedade de aguardar o resultado da prova”.

A psicóloga Marcela Pinheiro Rocha, de 46, participou do Enem família pela segunda vez. Mãe de Isabela, de 14, aluna do 1º ano do ensino médio, fez a prova do colégio ano passado com a filha Luíza, de 18, que se formou no 3º ano. “Hoje, o aluno tem a possibilidade de interpretar o enunciado e essa é a chave das questões. Na minha época era beabá, isso é isso, aqui é aquilo. A proposta de nos fazer entender o que é o Enem e como ele é cobrado facilita o acompanhamento dos filhos”, conta. Em gabarito extraoficial, ela acredita ter acertado 83% das questões. “Só não passaria em medicina, mas acho que entraria na UFMG”, disse, bem-humorada.


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