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Estado de Minas

Fraude em Minas não teve acesso a respostas oficiais do Enem, diz PF

Delegado Thiago Amorim, da PF de Montes Claros, diz que esquema de venda de gabaritos para candidatos não conseguiu vazar o exame


postado em 02/12/2016 06:00 / atualizado em 02/12/2016 07:35

Mais de 948 mil candidatos se inscreveram para fazer o Enem em Minas Gerais(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A PRESS)
Mais de 948 mil candidatos se inscreveram para fazer o Enem em Minas Gerais (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A PRESS)
Fraudes contra o Enem foram investigadas pela Polícia Federal em Montes Claros, Região Norte de Minas, onde por ocasião das provas, em 6 de novembro, foram presos sete suspeitos de participação em um esquema de vendas de gabaritos dos testes para candidatos. Mas, ontem, o delegado da PF em Montes Claros, Thiago Amorim Garcia, disse que nas investigações não houve evidências de vazamento dos exames para a organização criminosa desarticulada no município.

“Em Montes Claros foi constatado que os ‘pilotos’ faziam as provas e saíam mais cedo. Depois, transmitiam as respostas a candidatos, por meio de ponto eletrônico. A Polícia Federal não identificou aqui indício de vazamento das provas antes da aplicação”, afirmou Thiago Amorim.

Conforme explica o delegado, os chamados “pilotos” são “pessoas de extrema capacidade” contratadas pela quadrilha para fazer as provas em curto espaço de tempo, tornando possível rapidamente repassar as respostas a clientes do bando. Em Montes Claros foram presas três pessoas que exerciam a função: Arnon Kelson da Silva e Santos, Olavo Martins Ponciano e Fillipe Allan Araújo.

Também foram detidos Rodrigo Ferreira Viana, apontado como chefe e mentor do esquema de fraudes contra o Enem em Minas, além de Jonathan Galdino dos Santos, Aurimar Rodrigues Froes e Johnathan Caires Silva, que atuariam como agenciadores de clientes para a fraude. Foi presa ainda Sofia Azevedo Macedo, suspeita de comprar o gabarito para entrar no curso de medicina. Filha de um dono de supermercado em Carbonita (Vale do Jequitinhonha), ela foi detida quando fazia os testes em Belo Horizonte.

O modelo de atuação da quadrilha foi descoberto por meio de escutas telefônicas da Polícia Federal autorizadas pela Justiça. Todos os presos em Minas por envolvimento na fraude já foram liberados.


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