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Estado de Minas

Vencedoras de concurso de redação refletem sobre gentileza urbana e cidadania

Vencedoras de concurso de redação refletem sobre o tema que mobilizou quase 800 estudantes de 44 escolas da Grande BH


postado em 30/10/2015 06:00 / atualizado em 16/11/2015 10:46

Premiação teve participação dos 90 finalistas, seus parentes e professores(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Premiação teve participação dos 90 finalistas, seus parentes e professores (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

O que é gentileza urbana? Para a estudante Larissa Capovilla Rocha, de 14 anos, é muito mais do que um gesto de cidadania: é sinônimo de uma vida melhor em sociedade. Assim como ela, as também estudantes Letícia Natália Camargos, de 16, e Giúlia Monteiro Silva Gomes Vieira, de 17, têm autoridade para falar do assunto. As três foram as vencedoras, cada qual em sua categoria, da segunda edição do Prêmio Jornal na Escola, promovido pelo Estado de Minas e pelo Centro Universitário UNI-BH.


Larissa, aluna do primeiro ano do ensino médio do Coleguium Ouro Preto, conta que sempre gostou de escrever. E o concurso serviu para mostrar que ela tem talento para isso. “Acho que é essencial para a nossa vida em sociedade ser gentil. A cidade precisa muito disso. A gente observa a falta de gentileza em vários aspectos, como no trânsito, o que atrapalha muito”, afirmou a estudante.

Letícia Natália Camargos, do segundo ano, também da rede Coleguium, conta que foi uma grande satisfação participar do concurso. “O tema causou espanto quando a professora falou sobre ele em sala de aula. Ninguém nunca tinha refletido sobre gentileza urbana. A professora citou vários exemplos de pessoas que já abordaram o assunto e nos propôs estudá-lo. Passamos a ter intimidade com ele, entendendo a importância de ser gentil e de levar isso para a sociedade”, disse a estudante. “Foi uma grande satisfação participar do concurso, não apenas pelo prêmio, mas pelo incentivo de me tornar uma pessoa melhor”, acrescentou.

Vencedora da Categoria 3, Giulia Monteiro Silva Gomes Vieira, de 17, estuda na mesma rede de ensino e disse ter se surpreendido com o resultado. “Não esperava ser a vencedora. Mas não foi um trabalho penoso, pois o assunto é muito interessante. A gentileza urbana deveria ser mais discutida. As pessoas precisam saber tratar melhor umas às outras. Algumas são gentis, outras não, e muitas só de vez em quando”, afirmou.

A entrega dos prêmios para os nove alunos selecionados, os três primeiros em cada categoria, ocorreu na última terça-feira, no auditório do Teatro Ney Soares, no Centro Universitário UNI-BH. Os 90 finalistas, familiares e representantes das escolas se emocionaram durante a solenidade. O concurso de redação incentivou práticas de leitura e escrita entre estudantes do ensino médio do estado. Centenas de participantes foram orientados no processo de escrita por professores das respectivas instituições.

A comissão julgadora avaliou 771 redações produzidas por estudantes vinculados a 44 escolas que se inscreveram. As instituições inscritas receberam exemplares gratuitos do EM, tiveram acesso digital ao conteúdo do jornal e puderam disponibilizá-lo aos seus alunos. Além de assinatura digital e certificado de participação, os vencedores receberam prêmios como bolsas de estudos de graduação ou graduação tecnológica, iPhones, iPads e notebooks.

 

Com a palavra, as premiadas

Trechos das redações vitoriosas

Larissa Capovilla Rocha
Categoria 1 – 1º ano do ensino médio

“Torna-se claro que não somente a sociedade é um reflexo da soma de ações individuais, como também o sujeito é a projeção da sociedade em que vive. Se todos trabalharem em prol da coletividade, a sociedade orientará atitudes que visem sempre à preocupação com o próximo, de modo que se exerça a cidadania como forma de contribuição social, visto que, ao cumprir seus direitos e deveres para com os outros, os indivíduos estabelecem a união e interdependência que gera a coesão social.”

Letícia Natália Camargos
Categoria 2 - 2º ano do ensino médio

“Gentileza urbana é ter a humildade para admitir que as pessoas são interdependentes. É ter a sabedoria de ser cidadão e a simplicidade de lutar pelo bem do coletivo. É preservar o espaço comum e todos os que estão nele. Gentileza é mudar, todo dia um pouco, a história de um país. Existe um rastro de gentileza em cada ‘Bom dia!’, em cada preferência dada ao pedestre. Atos generosos não serão escritos nos livros, mas eternizarão um legado.”


Giulia Monteiro Silva Gomes Vieira
Categoria 3 – 3º ano do ensino médio

“Projetos como a distribuição de alimento e roupas a moradores de rua e comunidades carentes; mutirões de reforma e revitalização de espaços públicos depreciados; visitas a hospitais, asilos e creches; iniciativas de cursinhos comunitários e doação de sangue são exemplos mais reconhecidos socialmente como formas de gentileza urbana. Contudo, ela também se encontra em movimentos mais delicados e menos emergenciais, como as trocas de livros em pontos de ônibus, os post-its com mensagens positivas espalhados pela cidade, sistemas de carona, distribuição de flores e abraços, valorização da arte de músicos de rua e o ato de segurar a mochila de quem está em pé no ônibus.”


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