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Estado de Minas

Com adoção do Sisu, cresce número de estudantes de outros estados ou do interior na UFMG

Mudança no perfil exige melhor estrutura. Bloco de moradia universitária está em obras


postado em 06/06/2015 06:00 / atualizado em 06/06/2015 08:18

Bloco de moradia universitária em construção no Bairro Ouro Preto, na Pampulha: obra ainda não tem previsão de conclusão(foto: Fotos Gladyston Rodrigues/D.A.Press)
Bloco de moradia universitária em construção no Bairro Ouro Preto, na Pampulha: obra ainda não tem previsão de conclusão (foto: Fotos Gladyston Rodrigues/D.A.Press)

O levantamento da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) sobre os efeitos da adesão ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) confirma o crescimento do número de estudantes de outros estados e do interior de Minas na instituição. Os paulistas lideram o ranking, com 211 estudantes matriculados em 2014, contra 118 no ano anterior. No primeiro semestre deste ano, 133 deles entraram na UFMG. Levando em conta 2014 e o primeiro semestre deste ano, os capixabas ficaram com a segunda posição, seguidos de baianos e fluminenses. Estudantes do interior de Minas também ampliaram a presença na universidade: passaram de 13,97% do total de alunos em 2013, para 17,21%, no primeiro semestre deste ano.


O balanço da universidade sobre o impacto do Sisu mostra que também entre estudantes de outros estados ou cidades mineiras há troca mais intensa de cursos. Do total de alunos que ingressou na UFMG em 2014, 21% já estavam matriculados em outro curso superior – 6% eram da própria UFMG e 15% provenientes de outras instituições do país. Os paulistas William da Silva Maciel, de 23 anos, e Rafael Gimenes, de 27, se encaixam nesse perfil. Nascido em São José dos Campos, William abandonou o curso de sistema de informação em Lavras para cursar letras na instituição mineira. “Depois de fazer um intercâmbio, percebi que tinha muito mais aptidão para o estudo de línguas e escolhi a UFMG, pela qualidade de ensino”, disse.

Rafael, natural de Franca, também mudou de sala de aula. Ele chegou a entrar na federal por meio do vestibular, em 2012, mas no ano passado, com a nota do Enem, deixou o curso de turismo para estudar geografia. “Não acho que isso traga prejuízos para mim ou para a universidade. Não me via trabalhando com turismo o resto da vida e ainda bem que percebi isso a tempo”, afirmou.

Amanda Carvalho, de Carandaí (MG), e William Maciel, de São José dos Campos (SP) escolheram a UFMG pela qualidade de ensino(foto: Fotos Gladyston Rodrigues/D.A.Press)
Amanda Carvalho, de Carandaí (MG), e William Maciel, de São José dos Campos (SP) escolheram a UFMG pela qualidade de ensino (foto: Fotos Gladyston Rodrigues/D.A.Press)

Benefícios
A chegada crescente de alunos de outros estados e cidades mineiras traz outro desafio para a UFMG: ampliar a oferta de benefícios. Atualmente, 632 vagas são oferecidas nas duas moradias universitárias da instituição, no Bairro Ouro Preto, Região da Pampulha, e um terceiro bloco de apartamentos está em construção. “Esse é outro impacto do Sisu. Estamos conscientes do crescimento dessa demanda e mobilizados para terminar a construção, além de fazer com que os recursos assistenciais possam prover as necessidades de estudantes de baixa renda que vêm de fora de BH e região metropolitana”, afirmou o pró-reitor de graduação, Ricardo Takahashi. A obra começou em 2013 e a data de conclusão não foi informada pela UFMG.

Para demais alunos que precisam de assistência, a universidade oferece bolsas-moradias no valor aproximado de R$ 400. Em 2014, foram 775 bolsas, contra 497 em 2011. Beneficiária da moradia universitária, a estudante Amanda Evelyn de Araújo Carvalho, natural de Carandaí, na Região Central, diz que a assistência e o convívio com colegas de outras localidades é fundamental. “Facilita o acesso de pessoas que, como eu, vêm do interior em busca de uma especialização que, em Minas, só existe na UFMG”, disse a aluna do curso de física, que pretende se especializar em astronomia.

 

Enquanto isso...


...Inscrições no Enem chegam a 6,75 milhões

O número de inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) chegou a 6,75 milhões na manhã de ontem – último dia de inscrições. O pagamento da taxa, no valor de R$ 63, poderá ser realizado até o dia 10 de junho. Na edição deste ano, estão isentos da taxa de inscrição os concluintes do ensino médio em 2015 matriculados em escolas da rede pública e as pessoas que se declararem pobres. No ano passado, 9,5 milhões de candidatos se cadastraram no site. Desse total, 8,7 milhões confirmaram a participação (a redução se deve ao não pagamento da inscrição). A partir de agora, é preciso obter nota mínima de 450 pontos no exame para pleitear o crédito estudantil pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A nota do Enem também pode ser usada para entrar em uma universidade por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que oferece vagas em 115 instituições públicas A prova também é obrigatória para entrar no programa Ciência sem Fronteiras ou Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológico (Sisutec).


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