Se, para alguns, o término das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) significou alívio e sensação de dever cumprido, para outros foi só o começo, uma espécie de aperitivo do que vem pela frente. No lugar da esperança de aprovação numa universidade, treineiros e candidatos com desempenho ruim já começaram a viver a expectativa da próxima edição do teste. Principalmente para alunos da 2ª série do ensino médio, ontem foi dia de avaliar o que fazer para se dar bem em 2015, o ano decisivo. A espera pela divulgação oficial do gabarito, prevista para sair até amanhã, deixa os nervos ainda mais à flor da pele.
Aluna do Colégio Magnum Cidade Nova, Gabriela Andersen Leo Pereira, de 17 anos, está no 2º ano e fez o Enem pela segunda vez. Embora não seja “para valer”, ela diz que o nervosismo não é diferente de quem está na batalha decisiva do exame. Isso porque, à medida que vai aprimorando o domínio do conteúdo e a forma de fazer a prova, cresce também a responsabilidade de aumentar a média das notas. Em relação ao ano passado, a adolescente considera que ganhou nesta edição em tempo de resolução das questões e em controle do cansaço. “Para quem está no 3º ano, mesmo com a possibilidade de tentar de novo, foi um alívio, é como tirar um peso das costas. Para mim, está apenas começando.”
Nos colégios, o Enem é o assunto da vez e o gabarito é agora o item mais esperado. “A pontuação vai mostrar o que devo fazer para melhorar em determinada área, onde não cumpri minhas expectativas e também me indicar pontos fortes e fracos. Ou seja, a gente já fica na expectativa do que fazer no 3º ano”, diz a candidata a uma vaga no curso de direito. Para Gabriela, treinar fazendo simulados ou o próprio Enem é fundamental para encarar o ano decisivo: “É um processo muito longo, não é só a 3ª série”.
Também de olho numa cadeira em direito, Lucas Henrique Filardi Mendonça, de 16, outro que fez o Enem pela segunda vez, achou o exame deste ano mais fácil, por ter voltado as questões para a formação do indivíduo e não para a decoreba de conteúdo das disciplinas. Para o jovem, o fato de ele também estar mais experiente em matéria de Enem ajuda bastante. “Hoje (ontem) foi um dia especial, pois os professores comentaram o exame em sala e corrigiram as questões mais importantes. É um sentimento de que falta mais um ano, mais uma etapa. Eles ressaltaram que estamos nos preparando agora e não podemos desistir nem desafogar, pois é só o começo.”
Coordenadora do ensino médio do Colégio ICJ, Rosa Lúcia Simões, diz que fazer a prova como treineiro é um divisor de águas na percepção dos alunos em relação à importância do exame. Na escola, quase todos os alunos do 2º ano fizeram o exame no fim de semana . “Por mais que falemos dentro de sala sobre o Enem no ano seguinte, programemos simulados e façamos exercícios focados na avaliação, ainda pensavam na prova como uma situação irreal. Quando fazem a prova, voltam diferente”, afirma. Segundo a professora, os estudantes mudam de atitude ao sentirem na pele a questão do tempo como chave-mestra do exame e vivenciarem a necessidade de resistência para responder todas as questões.
No início do 3º ano, a situação é outra. Meninos focados, direcionados, questionadores e mais atentos às aulas integradas. “Passa a ter um sentido totalmente diferente para eles. Com o pós-Enem, eles tendem a crescer, porque é o começo de um ano de compromisso e estudo pesado que terão pela frente”, afirma Rosa.
RESULTADO Longe das aflições do ensino médio, a psicóloga Cristina do Nascimento Rocha, de 30, fez o Enem em busca de sua segunda graduação. Ela ainda não decidiu qual curso fará, mas será na área de saúde. Há alguns anos sem estudar e não tendo se preparado para a avaliação, considera não ter ido bem nas provas e, por isso, já pensa no que fazer ano que vem. Cristina conta que, pelos gabaritos extraoficiais, acertou 70% da prova. “Fui melhor do que imaginei, tendo em vista que não estudei. Achei mais fácil esse processo que o vestibular tradicional”, diz.
Se não conseguir vaga em universidade pública, Cristina vai avaliar se usará a pontuação do Enem para tentar Prouni ou Fies em instituição particular. “Como já tenho curso superior, talvez valha a pena pagar um cursinho preparatório em vez de uma faculdade e me preparar melhor ano que vem. Ainda tenho que pensar, mas sinto que, realmente, está só começando, ou recomeçando”, afirma. Para ela, com tantas interrogações até a divulgação das notas e a abertura do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Enem ainda não acabou para ninguém. Mesmo para quem foi bem, é uma hora decisiva, porque há todo um processo pela frente de escolha da universidade, tentar uma vaga, ser ou não aprovado. É o fim da prova, mas para muitos a angústia está longe de acabar.”
Os gabaritos do Enem devem ser divulgados até amanhã, no site https://portal.inep.gov.br/enem. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), as notas da avaliação só serão disponibilizadas em janeiro. Para conferir o resultado, o candidato deverá ter em mãos o número de inscrição no exame, ou CPF e senha.
Aluna do Colégio Magnum Cidade Nova, Gabriela Andersen Leo Pereira, de 17 anos, está no 2º ano e fez o Enem pela segunda vez. Embora não seja “para valer”, ela diz que o nervosismo não é diferente de quem está na batalha decisiva do exame. Isso porque, à medida que vai aprimorando o domínio do conteúdo e a forma de fazer a prova, cresce também a responsabilidade de aumentar a média das notas. Em relação ao ano passado, a adolescente considera que ganhou nesta edição em tempo de resolução das questões e em controle do cansaço. “Para quem está no 3º ano, mesmo com a possibilidade de tentar de novo, foi um alívio, é como tirar um peso das costas. Para mim, está apenas começando.”
Nos colégios, o Enem é o assunto da vez e o gabarito é agora o item mais esperado. “A pontuação vai mostrar o que devo fazer para melhorar em determinada área, onde não cumpri minhas expectativas e também me indicar pontos fortes e fracos. Ou seja, a gente já fica na expectativa do que fazer no 3º ano”, diz a candidata a uma vaga no curso de direito. Para Gabriela, treinar fazendo simulados ou o próprio Enem é fundamental para encarar o ano decisivo: “É um processo muito longo, não é só a 3ª série”.
Também de olho numa cadeira em direito, Lucas Henrique Filardi Mendonça, de 16, outro que fez o Enem pela segunda vez, achou o exame deste ano mais fácil, por ter voltado as questões para a formação do indivíduo e não para a decoreba de conteúdo das disciplinas. Para o jovem, o fato de ele também estar mais experiente em matéria de Enem ajuda bastante. “Hoje (ontem) foi um dia especial, pois os professores comentaram o exame em sala e corrigiram as questões mais importantes. É um sentimento de que falta mais um ano, mais uma etapa. Eles ressaltaram que estamos nos preparando agora e não podemos desistir nem desafogar, pois é só o começo.”
Coordenadora do ensino médio do Colégio ICJ, Rosa Lúcia Simões, diz que fazer a prova como treineiro é um divisor de águas na percepção dos alunos em relação à importância do exame. Na escola, quase todos os alunos do 2º ano fizeram o exame no fim de semana . “Por mais que falemos dentro de sala sobre o Enem no ano seguinte, programemos simulados e façamos exercícios focados na avaliação, ainda pensavam na prova como uma situação irreal. Quando fazem a prova, voltam diferente”, afirma. Segundo a professora, os estudantes mudam de atitude ao sentirem na pele a questão do tempo como chave-mestra do exame e vivenciarem a necessidade de resistência para responder todas as questões.
No início do 3º ano, a situação é outra. Meninos focados, direcionados, questionadores e mais atentos às aulas integradas. “Passa a ter um sentido totalmente diferente para eles. Com o pós-Enem, eles tendem a crescer, porque é o começo de um ano de compromisso e estudo pesado que terão pela frente”, afirma Rosa.
RESULTADO Longe das aflições do ensino médio, a psicóloga Cristina do Nascimento Rocha, de 30, fez o Enem em busca de sua segunda graduação. Ela ainda não decidiu qual curso fará, mas será na área de saúde. Há alguns anos sem estudar e não tendo se preparado para a avaliação, considera não ter ido bem nas provas e, por isso, já pensa no que fazer ano que vem. Cristina conta que, pelos gabaritos extraoficiais, acertou 70% da prova. “Fui melhor do que imaginei, tendo em vista que não estudei. Achei mais fácil esse processo que o vestibular tradicional”, diz.
Se não conseguir vaga em universidade pública, Cristina vai avaliar se usará a pontuação do Enem para tentar Prouni ou Fies em instituição particular. “Como já tenho curso superior, talvez valha a pena pagar um cursinho preparatório em vez de uma faculdade e me preparar melhor ano que vem. Ainda tenho que pensar, mas sinto que, realmente, está só começando, ou recomeçando”, afirma. Para ela, com tantas interrogações até a divulgação das notas e a abertura do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Enem ainda não acabou para ninguém. Mesmo para quem foi bem, é uma hora decisiva, porque há todo um processo pela frente de escolha da universidade, tentar uma vaga, ser ou não aprovado. É o fim da prova, mas para muitos a angústia está longe de acabar.”
Os gabaritos do Enem devem ser divulgados até amanhã, no site https://portal.inep.gov.br/enem. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), as notas da avaliação só serão disponibilizadas em janeiro. Para conferir o resultado, o candidato deverá ter em mãos o número de inscrição no exame, ou CPF e senha.