As principais mudanças no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano dizem respeito à redação. A ordem da vez é tolerância zero para quem escrever textos em tom de deboche, além de punição mais rigorosa a erros gramaticais. Assim, trechos indevidos poderão significar nota zero e a desobediência à norma culta da língua só será aceita em casos excepcionais, desde que não caracterize reincidência. Os textos continuam a passar pelo crivo de dois corretores de forma independente. Mas, caiu a diferença de pontos dada por um e outro para que seja necessária a intervenção de um terceiro profissional.
Além da redação, serão cobrados conhecimentos em ciências humanas (geografia, história, filosofia e sociologia), ciências da natureza (biologia, física e química), linguagens e códigos (português) e matemática. Em cada uma dessas áreas, há 45 questões de múltipla escolha. De acordo com o edital, os gabaritos das provas serão divulgados até o dia 30 de outubro, três dias depois da aplicação das provas.
Assim como nos anos anteriores, fica proibido o uso de lápis, lapiseiras, borracha e o porte de qualquer material eletrônico. As respostas das provas objetivas e a redação devem ser transcritas para os cartões de resposta e a folha do texto com caneta esferográfica de tinta preta fabricada em material transparente.
O Enem será aplicado em todos os estados e no Distrito Federal. O resultado no exame permite ao candidato concorrer a uma vaga em mais de 100 instituições públicas de educação superior por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Ele também é requisito para participação do estudante nos programas Universidade para Todos (ProUni) e Ciência sem Fronteiras e para receber o benefício do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A avaliação serve ainda como certificado de conclusão do ensino médio para estudantes maiores de 18 anos que ainda não têm o diploma. (JO)