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Estado de Minas

Novos critérios para redação do Enem

Correção de textos será mais rigorosa e quem fizer "gracinha" vai ganhar zero. Já aluno que tirar nota máxima será avaliado por banca de doutores. Normas estarão no edital


postado em 23/03/2013 06:00 / atualizado em 24/03/2013 07:33

 A correção das redações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terá novos critérios a partir deste ano. Agora, quem fizer “gracinhas” vai tirar zero e, no outro extremo, quem conseguir a nota máxima (1.000) passará pelo crivo de uma banca formada por três professores doutores. As normas estarão no próximo edital, que será publicado em maio. As medidas foram anunciadas ontem pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, depois da divulgação nesta semana de textos com tom de deboche que não tiveram a punição máxima e outros com erros de grafia que receberam a maior pontuação possível.

 Candidatos que no último Enem, aplicado em novembro, escreveram receita de miojo e o hino do Palmeiras no texto ganharam notas 560 e 500, respectivamente. O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC), Luiz Cláudio Costa, disse que as inserções indevidas não foram punidas com zero porque o edital não permite. Pelos critérios em vigor, uma redação pode ser zerada quando o candidato fugir totalmente do tema proposto ou do tipo textual, escrever menos de sete linhas, impropérios ou ter algo que identifique o autor.

 “Nos dois casos, os alunos escreveram o primeiro e o segundo parágrafo sobre o tema, no terceiro fizeram a inserção inadequada e, no último trecho, propõem a ação social”, comenta. “O corretor fez bem. Desprezou o parágrafo indevido, penalizou e considerou o restante. Não fosse essa inserção, as redações mereciam uns 800 pontos”, analisou Costa. Mas agora qualquer escrita inadequada, seja de deboche ou que mostre que o estudante não tem compromisso com o exame ou respeito com os corretores e demais participantes, será severamente punida. “Temos que fazer um processo com respeito a quem está tentando sua vaga na universidade”, ressaltou.

 Grafia

 No caso das redações nota mil, a discussão que foi parar nas redes sociais diz respeito a erros de grafia em palavras como “trousse” e “enchergar” (sic). Mais uma vez, prevaleceu o que estava no edital, que prevê a observação de cinco competências, dentre elas, textos de acordo com norma culta da língua – nesse caso, é permitido eventuais desvios. Luiz Cláudio Costa nega que o conteúdo fosse ruim. “As quatro redações são excelentes e os estudantes apresentam domínio da norma, conseguem escrever frases gramaticalmente corretas, têm vocabulário risco e cometem um erro de grafia em 28 linhas”, disse. No último Enem, 2.084 redações, de um total de 4,1 milhões, receberam a pontuação máxima. O presidente do Inep acrescentou que, este ano, não haverá duas edições do exame nacional e que as discussões continuam dentro do MEC.


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