Decisão no câmpus da Universidade Federal de Viçosa (UFV), na Zona da Mata mineira: a instituição vai reservar, no próximo vestibular, 20% das vagas para estudantes de escolas públicas. Ao todo, serão 660 vagas com base na Lei das Cotas. Segundo a reitora da instituição, Nilda de Fátima Ferreira Soares, foi feita uma avaliação minuciosa para definir como será conferida a documentação relativa à situação socioeconômica dos cotistas. “Estamos cuidando de tudo para atender os novos estudantes numa logística muito tranquila. Daremos todas as informações necessárias para eles se inscreverem sem problemas”, diz.
Sobre a logística da universidade, que ainda não tinha qualquer política de ação afirmativa, Nilda diz que há recursos para garantir a assistência estudantil e, se for preciso, mais dinheiro será solicitado ao Ministério da Educação (MEC). Uma das principais necessidades poderá recair sobre a moradia, já que Viçosa é uma cidade universitária. Atualmente, o alojamento da UFV tem 1,4 mil vagas. “A cada formatura, surgem de 200 e 300 novas vagas e também são ofertadas bolsa-moradia. Somos privilegiados em relação à política de assistência”, afirma a reitora.
Na semana que vem, a UFV vai publicar o edital do Programa de Avaliação Seriada para Ingresso no Ensino Superior (Pases), ao qual são destinadas 80% das vagas. O restante é oferecido por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Apenas uma universidade federal mineira não se decidiu sobre as cotas: a de Ouro Preto (Ufop), na Região Central do estado. A definição, que estava marcada para esta semana, foi adiada para o dia 14 do mês que vem. Atualmente, a instituição reserva 30% das vagas, mas não obedece aos critérios estabelecidos pela lei.
Enem
Prontas, lacradas e guardadas. Pelo menos é assim que o Ministério da Educação (MEC) diz estarem as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A uma semana do dia “D”, o ministro Aloizio Mercadante informou ontem que as avaliações já foram impressas e encaminhadas para pontos estratégicos de distribuição em todo o país. Segundo o ministro, elas saíram do forno “há muito tempo” e estão protegidas por 72 batalhões do Exército, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar. O trabalho de treinamento dos fiscais de prova também foi reforçado, de acordo com Mercadante (Com agência)