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Estado de Minas

Justiça decreta prisão de acusado de participar da morte de Eliza Samudio

O policial civil aposentado José Lauriano de Assis Filho, o Zezé, não foi encontrado e é considerado foragido. Outro acusado, o também policial civil Gilson Costa, que está na ativa, não pode se aproximar de testemunhas


postado em 12/07/2015 13:07 / atualizado em 12/07/2015 13:58

Policial aposentado José Lauriano de Assis Filho, investigado no Caso Bruno (foto: Reprodução )
Policial aposentado José Lauriano de Assis Filho, investigado no Caso Bruno (foto: Reprodução )
A Polícia Civil procura mais um integrante de participação no sequestro e assassinato da modelo Eliza Samudio, com quem o goleiro Bruno Fernandes teve um filho. Uma equipe do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP) esteve na casa do policial civil aposentado José Lauriano de Assis Filho, o Zezé, para cumprir um mandado de prisão, mas ele não foi localizado e é considerado foragido. A Justiça decretou a prisão preventiva de Zezé, pois o juiz Elexander Camargos Diniz, da Vara do Tribunal do Júri de Contagem, entendeu que “o simples fato de se tratar de um policial civil incute temor a testemunhas e aos demais envolvidos na sequência de crimes”, conforme decisão do magistrado.

Zezé foi denunciado à Justiça junto com o policial civil da ativa Gilson Costa pelo promotor Daniel Saliba de Freitas, que assumiu o caso depois da saída do colega Henry Vasconcelos. O promotor acusa Zezé pelo assassinato, sequestro e cárcere privado de Eliza, além da ocultação do cadáver, corrupção de menores e coação no curso do processo. Já Gilson vai responder apenas pela coação durante o processo. Apesar de basear a prisão preventiva de Zezé na possibilidade dele amedrontar testemunhas por ser policial, no caso de Gilson a Justiça determinou a aplicação de medidas cautelares diferentes da prisão. Ele está proibido de se aproximar e de manter contato com testemunhas, vítimas e informantes do processo.

Todos os réus que responderam pelos crimes contra Eliza Samudio e do filho dela, foram condenados, com exceção de Dayane Rodrigues, ex-mulher de Bruno, que foi absolvida das acusações. Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do atleta, foi condenada a cinco anos pelo sequestro e cárcere de Eliza e Bruninho. Luiz Henrique Romão, o Macarrão, braço direito do ex-ídolo do Flamengo, foi sentenciado a 15 anos de prisão por homicídio qualificado. Ele foi beneficiado por uma confissão parcial do crime. Já Bruno teve a pena estabelecida em 22 anos e 3 meses de prisão por homicídio e ocultação do cadáver da jovem e também pelo sequestro e cárcere privado do filho, Bruninho. O ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, apontado como executor do assassinato, foi condenado a 22 anos de prisão.

Elenílson Vitor da Silva, caseiro do sítio do ex-atleta em Esmeraldas, e Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, respondiam apenas pelo sequestro e cárcere privado de Bruninho, filho do jogador e da modelo assassinada. Ambos foram condenados e cumprirão pena em regime aberto. Wemerson, que era réu primário, foi sentenciado a 2 anos e 6 meses de prisão. Já Elenilson, que chegou a ficar preso por cinco meses por causa do envolvimento na morte de Eliza e não era réu primário, teve a pena estabelecida em 3 anos.

Um outro réu no processo não chegou a ser julgado. Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro Bruno, era considerado a principal testemunha do caso. Ele foi assassinado meses antes da data prevista para o julgamento. A polícia concluiu que ele foi vítima de um crime passional, sendo executado pelo companheiro de uma mulher que tinha assediado na rua. Outro primo do jogador, que revelou à polícia grande parte da trama, cumpriu medida sócio-educativa e já está em liberdade. Jorge Lisboa Rosa era menor de idade quando o crime ocorreu.

 

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