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Estado de Minas

Jorge lamenta insucesso nas buscas e diz que queria dar enterro digno a Eliza Samudio

A Polícia Civil fez uma operação para tentar encontrar os restos mortais da ex-modelo em um lote vago no Bairro Santa Clara, em Vespasiano, na Grande BH


postado em 25/07/2014 15:55 / atualizado em 25/07/2014 17:22

Jorge, de blusa verde, acompanhou o trabalho da polícia (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A.Press)
Jorge, de blusa verde, acompanhou o trabalho da polícia (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A.Press)

Mais uma vez, as buscas pelos restos mortais de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, terminaram sem sucesso. A nova etapa da procura aconteceu em um lote vago no Bairro Santa Clara, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, depois que o primo do atleta, Jorge Rosa Sales, que era menor na época do assassinato e sumiço da ex-modelo, revelou um suposto local da desova. Com o insucesso na operação, o jovem afirmou que ficou chateado pois “queria dar um enterro digno” para a mulher. Também disse que pensou na mãe de Eliza para fazer as novas revelações.


As buscas pelos restos mortais de Eliza Samudio duraram aproximadamente quatro horas. O primo de Bruno esteve presente desde o início dos trabalhos e chegou a orientar os policiais que usaram uma retroescavadeira e uma enxada para cavar um grande buraco de aproximadamente 5 metros de profundidade. Apenas um par de sapato e uma luva foram encontradas, mas, segundo a Polícia Civil, não acrescenta nada nas investigações.

Ao deixar o local, Jorge se mostrou chateado com o insucesso das buscas. “Estou chateado com o coração muito apertado. Pensei que iria dar um enterro digno para ela (Eliza). Eu me coloquei no lugar dela. A mãe dela está desesperada, pois queria enterrar a filha”, afirmou. Ele não descarta que alguém tenha retirado os restos mortais do lote. “Com certeza sabiam (Bola e Macarrão) que eu estava aqui fora. Nessa hipótese, com certeza eles podem ter armado e ter tirado”, explicou.

A mesma hipótese é compartilhada pelo advogado Nélio Andrade, que dá apoio jurídico ao jovem. “Será que depois da empreitada criminosa se percebeu que ele (Jorge) era um menino, um menor e poderia ser uma parte mais fraca. Eles podem ter falado 'é melhor a gente ir lá e tirar'. Pode ter acontecido, mas é uma conjectura. Mas, para todos nós que conversamos com ele, Jorge é categórico”, afirmou.

O advogado sugeriu que futuramente uma máquina pode ser usada para rastrear o solo. Ele disse que delegados chegaram a cogitar esse trabalho em outro momento. “Eles disseram: ´Numa próxima investigação vamos arrumar essa máquina'. A Polícia Civil fez a busca no local certo e foi até além”, afirmou.

Máquina retroescavadeira foi usada para cavar um buraco no lote vago(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A.Press)
Máquina retroescavadeira foi usada para cavar um buraco no lote vago (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A.Press)


As buscas começaram na manhã desta sexta-feira e duraram aproximadamente quatro horas. A Polícia Civil chegou a cogitar o adiamento por causa da chuva, mas decidiu manter a operação na Grande BH. Com ajuda de uma retroescavadeira e enxadas, os policias cavaram um buraco de aproximadamente 4 a 5 metros de profundidade.

Jorge Rosa Sales orientou os policiais durante a procura. Em alguns momentos, chegou a se afastar do local da escavação, mas sempre voltava para dar mais dicas. Além do delegado Wagner Pinto, chefe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), acompanharam os trabalhos os delegados Júlio Wilke e Alessandra Wilke, que participaram das investigações do caso em 2010. O delegado Frederico Abelha também compôs a equipe.

Os trabalhos foram encerrados às 13h13. O delegado Wagner Pinto, disse que as buscas foram necessárias porque a polícia não poderia dormir com essa dúvida, depois da entrevista de Jorge Rosa Sales à Rádio Tupi, no Rio de Janeiro. No entanto, a procura foi sem sucesso. “Objetos encontrados não têm nenhuma relevância para a investigação. Está encerrada a busca efetivamente feita no local”, disse o delegado. Conforme Wagner Pinto, a obrigação da Polícia Civil é esgotar qualquer recurso que possa colaborar com as investigações. Foram recolhidos apenas uma luva, um calçado e um terceiro objeto que também parece ser um calçado.

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