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Estado de Minas

Afastamento de Bruno do trabalho na Nelson Hungria é mantido por tempo indeterminado

O goleiro foi punido em 1º de abril depois que se desentendeu com dois detentos e um agente penitenciário na lavanderia do presídio. Atleta ficará 30 dias sem visitas


postado em 29/04/2013 17:09 / atualizado em 29/04/2013 18:02

A cada três dias trabalhados o goleiro diminui um dia na pena proferida contra ele(foto: Marcelo Albert/TJMG)
A cada três dias trabalhados o goleiro diminui um dia na pena proferida contra ele (foto: Marcelo Albert/TJMG)

A Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) manteve nesta segunda-feira a suspensão, por tempo indeterminado, do direito ao trabalho para o goleiro Bruno Fernandes de Souza. Ele está preso no Complexo Prisional Nelson Hungria, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte. O ex-atleta estava afastado desde o dia 1º de abril, depois que se desentendeu com outros detentos e com um agente penitenciário na lavanderia do presídio. Hoje ele foi ouvido e teve o afastamento mantido. Além disso, está proibido de receber visitas e tomar banho de sol por 30 dias.

De acordo com o advogado Lúcio Adolfo, que defende o goleiro, a punição não poderia ter acontecido. “Ele é acusado de ameaçar de morte dois presos, sendo um condenado a 9 anos por estupro. É uma acusação que nem sabem a data que aconteceu. Também tem um agente penitenciário que não gosta dele”, denuncia o defensor.

Nesta manhã, Bruno foi levado para uma sala, onde foi ouvido pela Comissão Disciplinar Interna. Ele deu suas versões para o fato. De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), Bruno foi punido porque, durante desentendimento com outros detentos na lavanderia, onde trabalhava, fez ameaças verbais ao agente penitenciário que fazia a escolta no local. Para Lúcio Adolfo, não há provas que justifiquem o castigo. “Durante a reunião de hoje, ninguém anotou nada. Foi um procedimento desrespeitoso. Não havia provas contra ele e resolveram dar a punição máxima de 30 dias”, disse Lúcio Adolfo.

O afastamento impede o goleiro de cumprir mais rapidamente os 22 anos e três meses de prisão pelo homicídio qualificado e ocultação de cadáver de Eliza Samudio, além de sequestro do filho do casal. A cada três dias trabalhados, há a remissão de um dia no total da pena. Mesmo com o afastamento, o advogado afirma que Bruno mantém algumas atividades. “Ele continua fazendo artesanatos dentro da cela e isso também garante remissão”, disse Lúcio Adolfo. A Seds informou que a informação não procede.

Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, foi condenado a 22 anos de prisão(foto: Renata Caldeira/TJMG)
Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, foi condenado a 22 anos de prisão (foto: Renata Caldeira/TJMG)


Condenações

O homem apontado como o executor de Eliza Samudio também vai ficar atrás das grades por um longo período. O ex-policial Marcos Aparecidos dos Santos, o Bola, foi condenado na madrugada desse domingo a 22 anos de prisão. O réu foi sentenciado a 19 anos de reclusão por homicídio duplamente qualificado, a serem cumpridos em regime fechado, e três anos por ocultação de cadáver, a serem cumpridos em regime aberto. Também pagará 360 dias multa na prisão e sem direito de recorrer em liberdade para todos os crimes da condenação.

Em 15 de maio, outros dois réus do processo sobre o sumiço e morte da modelo vão ser julgados. O motorista de Bruno, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, de 26 anos, e o caseiro Elenilson Vitor da Silva, o Vitor, de 29, respondem pelo sequestro e cárcere privado de Eliza e o filho dela, então bebê. Apesar da menor gravidade do ato, os acusados são levados a júri popular por ser crime conexo ao assassinato.

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