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Estado de Minas

Promotor desqualifica denúncia sobre jurada supostamente envolvida com drogas

Em nota, Henry Vasconcelos afirmou que, mesmo se for declarada culpada, a jurada não tinha antecedente criminal na época em que o goleiro Bruno foi julgado


postado em 18/04/2013 19:44 / atualizado em 18/04/2013 19:57

Promotor afirma que vai esperar a investigação da Polícia Civil para pronunciar sobre o caso(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A.Press)
Promotor afirma que vai esperar a investigação da Polícia Civil para pronunciar sobre o caso (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A.Press)

O promotor Henry Wagner Vasconcelos, responsável pela acusação no caso que investiga a morte e o sumiço de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, classificou como irresponsável a atitude dos defensores do atleta em afirmar que uma das juradas pode ser traficante de drogas. A mulher, que era integrante do conselho de sentença que condenou o jogador, foi presa com seis pinos de cocaína encontradas no bar onde ela trabalhava.

Segundo o Boletim de Ocorrência da PM nº 2013-1127392, a operação ocorreu depois da denúncia anônima de que a mulher estaria vendendo a droga no bar, no Bairro Jardim Industrial, em Contagem. O subtenente Marcos Madureira encontrou seis microtubos com cocaína e a lista com nomes presa por fita adesiva debaixo da geladeira. Ela foi detida como autora do crime de tráfico de drogas e levada para o plantão da Delegacia Seccional de Contagem para prestar esclarecimentos, mas não foi autuada em flagrante pelo crime.

A ocorrência foi no fim da tarde de 5 de abril, menos de um mês depois do julgamento, realizado de 4 a 8 de março. A defesa afirma que o caso terá de ser investigado pela Polícia Civil e o Ministério Público e, se comprovado que a mulher teria envolvimento do crime na época do júri, o mesmo teria de ser anulado.

O promotor Henry Vasconcelos discorda dos argumentos usados pelos advogados. Um dos pontos questionados por ele é o fato da mulher não ter ficado presa. “A jurada não foi presa em flagrante delito. Ela foi conduzida à Delegacia de Polícia e liberada, pois o delegado entendeu que ela não estava em flagrante delito. Ainda que, em tese, ela estivesse cometendo o delito, durante a escolha dos jurados ela não tinha antecedente criminal. A defesa afirma que o voto dela pode ter influenciado na condenação do goleiro Bruno, mas não há como saber qual foi seu voto”, afirmou em nota.

A jurada será investigada pela Polícia Civil e após as apurações, a Promotoria de Justiça vai se pronunciar sobre o caso.

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