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Estado de Minas

Defesa de Bola entra com pedido que pode suspender julgamento do caso Bruno

A reclação chegou ao Supremo Tribunal Federal hoje e ainda não seguiu para votação


postado em 14/11/2012 14:04 / atualizado em 15/11/2012 11:03

A defesa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, pediu nesta quarta-feira no Supremo Tribunal Federal (STF) acesso a provas do processo. Se deferido, o recurso pode implicar na suspensão do júri no caso do desaparecimento e morte de Eliza Samudio. O julgamento está marcado para começar na segunda-feira, dia 19 de novembro. O STF informou que recebeu o documento nessa terça-feira, e que o mesmo ainda não foi distribuído para votação.

Os advogados de Bola alegam que não tiveram acesso a todas as provas do processo. O artigo 422 do Código de Processo Penal estabelece que “é direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.”

 

Acompanhe a cobertura completa no Especial Caso Bruno


Para o advogado de Bola, Fernando Costa Oliveira Magalhães, a defesa foi prejudicada. “Peço o acesso às provas e que seja aplicada a vigência da súmula 114. Nós fomos cerceados o direito de ter acesso aos autos. Não tivemos acesso total aos autos e parte das mídias. Isso é uma afronta ao direito constitucional”, disse o defensor. “Nós não estamos pedindo o adiamento, queremos apenas o acesso às provas, mas caso seja adiado, é questão do Supremo Tribunal”, explicou.

Segundo Magalhães, o caso é parecido com o julgamento dos membros da torcida organizada Galoucura, acusados da morte de um cruzeirense em novembro de 2010. No julgamento dessa terça-feira, o advogado dos réus apresentou vídeos que não estavam no processo. Por causa disso, o júri foi adiado. “O julgamento da Galoucura é prova de que não foram ofertadas todas as provas à outra parte. Tem que acontecer a paridade de armas. Em teoria é o mesmo caso”, disse Fernando.

A defesa de Marcos Aparecido está confiante de que o STF vai aceitar o pedido. “Minha expectativa é que seja feita Justiça. Infelizmente, se deferido, o julgamento deve ser suspenso”, conta Magalhães.

Vão encarar o banco dos réus o ex-goleiro Bruno Fernandes, o amigo dele, Luiz Henrique Romão, o ex-policial civil Marcos Aparecido, as ex-mulheres de Bruno, Dayanne Rodrigues e Fernanda Gomes. Bola foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio duplamente qualificado (meio cruel e sem permitir defesa da vítima) e ocultação de cadáver.

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