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Estado de Minas

Advogados querem adiar júri de Bruno


postado em 08/11/2012 06:00 / atualizado em 08/11/2012 06:36

A 11 dias do julgamento de cinco acusados do desaparecimento e morte da de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, o advogado dele, Francisco Simin, disse ontem que pretende pedir, com outros defensores, o adiamento da júri no Tribunal de Contagem, na Grande BH, sob alegação de que ainda há recursos em andamento na Justiça. Segundo ele, em Brasília, tramita pedido de habeas corpus para o atleta.

A defesa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, também aguarda resultado de recursos em que pede acesso às provas do crime. Como há um prazo legal para análise desse material, dependendo da decisão dos magistrados em Minas e Brasília, o julgamento pode ser adiado, segundo o advogado Fernando Magalhães.

Simin apoia a defesa de Bruno e também representa a ex-mulher dele, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza. Ele destaca que o Fórum de Contagem não tem estrutura para receber um julgamento desse porte. O advogado de Bruno, Rui Pimenta, porém, não compartilha da mesma opinião. “Quero mais é que ele seja julgado. Quero logo sair com ele de lá. Bruno vai ser julgado e absolvido antes mesmo do habeas corpus. Afinal, não existe prova que o incrimine sobre o desaparecimento de Eliza. Não falo nem em morte porque não há corpo”, disse Pimenta.

Há recursos tramitando também em favor de Fernanda Gomes Castro, ex-namorada de Bruno. Ela é acusada de sequestro e cárcere privado de Eliza e do bebê. A advogada Carla Silene afirma, no entanto, que não há interesse em adiar o julgamento. “Fernanda precisa dessa resposta da sociedade para tocar a vida. Ela confia no júri de Contagem.” A defesa de Luiz Henrique Romão, o Macarrão, também não pretende pedir adiamento.

No caso do ex-policial Bola, a defesa impetrou recursos no Supremo Tribunal Federal e no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, requerendo acesso às provas. Segundo o advogado Fernando Magalhães, a juíza Marixa Rodrigues impediu a ampla defesa. “Nosso problema não é data. Estamos prontos para o julgamento, mas os recursos tratam do cerceio à defesa, à falta de acesso às provas.”

Ele espera que os recursos sejam julgados até semana que vem. “Há uma regra de prazo para acesso às provas e o tribunal pode entender que não vai ter tempo suficiente até o julgamento. Com isso, a juíza teria que suspender os trabalhos”, explicou Magalhães.

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