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Estado de Minas

Justiça analisa novo pedido de adiamento do julgamento de Bola

Defesa afirma que não foi possível analisar documentação do Ministério Público anexada recentemente ao processo.


postado em 05/11/2012 10:44 / atualizado em 06/11/2012 12:01

A juíza Marixa Fabiane Rodrigues e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) analisam mais um pedido de adiamento do julgamento de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, pela morte de um carcereiro ocorrida em 2000. O júri popular do réu estava marcado para as 9h desta segunda-feira no no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, na Grande BH. Bola chegou às 9h30.

Além do advogado Fernando Costa Oliveira Magalhães, que não havia comparecido ao último julgamento, em 24 de outubro, também estão presentes Zanone Manoel Oliveira Junior e Ércio Quaresma, que voltaram à defesa do réu. De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Fernando Costa alega que uma documentação do Ministério Público foi anexada recentemente ao processo. Como ele foi intimado ao júri no final do mês, não foi possível analisar o documento. Assim, a defesa pede o adiamento da sessão.

Após a fala do advogado, a juíza Marixa e o MP estão analisando o pedido e a magistrada deve passar a palavra ao promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro. Caso o julgamento aconteça, cinco testemunhas de defesa e cinco de acusação devem ser ouvidas. A família do réu também está no local com faixas e mensagens de apoio.

O último júri foi adiado pelo não comparecimento de Fernando Costa, que alegou ter enviado uma petição em data anterior informando que não iria ao julgamento porque estaria na cidade de Tangará da Serra, no estado do Mato Grosso, para uma audiência sobre o sumiço e morte de Eliza Samudio, em que Marcos Aparecido também é réu. Segundo ele, o Ministério Público de BH arrolou uma mulher como testemunha para o caso que seria ouvida hoje por carta precatória. Porém, a audiência não aconteceu, pois ela não compareceu e por isso foi adiada.

Costa apresentou um termo de deliberação obtido em Tangará da Serra assinado pela juíza da cidade. Isso comprova que ele esteve no local e que o julgamento não foi feito pela testemunha não ter comparecido.

Na ocasião, o promotor Henry Castro afirmou que o advogado tinha conhecimento que a audiência iria ser adiada e tratou o ato como uma manobra da defesa para evitar o julgamento de Bola. A Juíza concordou com o promotor e afirmou que não houve justificativa plausível para o não comparecimento do defensor. Costa foi multado em 30 salários mínimos e informou que pretende recorrer.

Entenda o caso

Bola é acusado da morte de Rogério Martins Novelo, em maio de 2000, no Bairro São Joaquim. Bola foi reconhecido pela irmã da vítima, que testemunhou o crime, depois que a imagem dele foi veiculada em diversas emissoras de TV e em jornais pelo suposto envolvimento no assassinato de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno.

Segundo denúncia do Ministério Público (MP), Bola teria atirado contra a vítima, que estava dentro de um veículo em frente ao estabelecimento comercial onde trabalhava. Para o MP, o crime teria sido encomendado, já que os envolvidos não se conheciam. Dados do processo revelam que o réu teria espreitado o local de trabalho de Rogério, na tentativa de identificá-lo.

No dia 24, o ex-policial chegou a passar mal e teve de ser levado ao hospital por uma ambulância. Durante a tarde ele recebeu alta e voltou para a cadeia.

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