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Estado de Minas

Julgamento de Bola por assassinato de carcereiro é adiado para novembro

Advogado do réu não compareceu ao Fórum de Contagem nesta manhã. Para juíza, foi "manobra protelatória" e o defensor foi multado em 30 salários mínimos


postado em 24/10/2012 12:03 / atualizado em 06/11/2012 11:03

O expolicial civil passou mal durante a audiência na manhã desta quarta-feira(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A.Press)
O expolicial civil passou mal durante a audiência na manhã desta quarta-feira (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A.Press)

Foi adiado para as 9h do dia 5 de novembro o julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, na Grande BH. O júri popular estava marcado para a manhã desta quarta-feira, mas o advogado do réu não compareceu e encaminhou um pedido de adiamento, que foi aceito pela juíza Marixa Fabiane Rodrigues. O defensor foi multado em 30 salários mínimos. Bola chegou a passar mal no local e teve de ser levado ao hospital por uma ambulância.

O réu é acusado da morte de Rogério Martins Novelo, em maio de 2000, no Bairro São Joaquim. Bola foi reconhecido pela irmã da vítima, que testemunhou o crime, depois que a imagem dele foi veiculada em diversas emissoras de TV e em jornais pelo suposto envolvimento no assassinato de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno.

Segundo denúncia do Ministério Público (MP), Bola teria atirado contra a vítima, que estava dentro de um veículo em frente ao estabelecimento comercial onde trabalhava. Para o MP, o crime teria sido encomendado, já que os envolvidos não se conheciam. Dados do processo revelam que o réu teria espreitado o local de trabalho de Rogério, na tentativa de identificá-lo.

A família de Bola esteve no Fórum de Contagem nesta manhã para acompanhar o julgamento, levando faixas de apoio ao réu. Eles também estavam com o retrato falado do homem que seria o assassino do carcereiro, alegando que ele não possui as mesmas características do ex-policial.

O sessão começou com mais de uma hora de atraso. De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o advogado do réu, Fernando Costa Oliveira Magalhães, não compareceu ao Fórum e enviou uma petição informando que participava de uma audiência na cidade de Tangará da Serra, no estado do Mato Grosso no dia 22 e que não poderia estar em Minas no julgamento de Bola. O ex-policial pediu a revogação das procurações dos seus outros advogados, dizendo que seu único defensor é Fernando Costa. No Fórum, ele era assistindo por um defensor público.

No entanto, durante a análise do pedido, o promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro, informou que a audiência da qual o advogado participaria foi adiada e ele tinha conhecimento. Além disso, segundo o promotor, durante uma pesquisa, ele descobriu que havia dois voos diferentes que permitiriam a chegada do defensor em Contagem.

Durante a sessão, Bola teve uma crise de pressão alta e foi socorrido por uma equipe do Serviço Médico de Atendimento de Urgência (Samu). Ele foi levado à um hospital e seu estado de saúde não foi divulgado.

Decisão


No fim da manhã, a juíza Marixa leu o despacho referente ao julgamento. Conforme o TJMG, a magistrada também considera o ato do advogado uma “manobra protelatória” do julgamento, entendendo que não houve justificativa plausível para o não comparecimento de Fernando Magalhães, entendendo, assim, que o defensor agiu de má-fé. Dessa forma, o júri popular foi adiado para 5 de novembro.

O advogado ainda foi multado em R$ 18.660, o equivalente a 30 salários mínimos, que deve ser pagos nos próximos 20 dias. A juíza também acionou a Defensoria Pública para que, no caso do não comparecimento do advogado no próximo, Bola seja atendido por um defensor público, de forma que o júri não possa mais ser adiado.

Marixa Rodrigues, da Vara do Tribunal do Júri, é a mesma magistrada que julgará, a partir de 19 de novembro, cinco dos sete réus do Caso Bruno, entre eles o próprio Bola. Serão ouvidas cinco testemunhas de acusação e cinco de defesa. Após a oitiva das testemunhas, será feito o interrogatório do acusado, e, em seguida, começam os debates orais entre defesa e acusação.

A reportagem do em.com.br tentou contato com Fernando Costa Oliveira Magalhães, porém, até 15h, não obteve resposta.

(Com informações da TV Alterosa)

 

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