A Corregedoria da Polícia Civil considera solucionado o caso do assassinato de Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro Bruno. A informação foi dada pela assessoria de imprensa da Polícia Civil (PC) no início da tarde desta terça-feira. Conforme a PC, o inquérito ainda não foi concluído, mas a motivação do crime é passional, porém, ninguém está preso. A Corregedoria também informou que não há envolvimento de policiais civis ou militares no assassinato.
As apurações começaram no Departamento de Investigações de Homicídio e Proteção à Pessoa (DIHPP), mas foram transferidas por conta de um pedido do Ministério Público. A Promotoria de Direitos Humanos achou melhor porque Sérgio teria relatado ameaças e agressões de delegados e investigadores do DIHPP para que envolvesse Bruno no desaparecimento e morte de Eliza Samúdio.
Entenda o caso
Em liberdade há 378 dias, Sérgio, 24 anos, conhecido como Camelo, foi assassinado pela manhã, a poucos metros de casa, no Bairro Minaslândia, Região de Venda Nova, em Belo Horizonte, quando saía para o primeiro dia de trabalho em um serviço de pintura. Testemunhas viram um homem em uma moto vermelha, de capacete rosa, perseguindo o rapaz pelas ruas, com um revólver 38 na mão. Baleado nas costas, Sérgio ainda conseguiu correr por três quarteirões, gritou por socorro e tentou se refugiar no quintal da casa de amigos. Encurralado, foi atingido outras vezes: braço, peito, barriga, mão e rosto. Morreu na hora.
Durante as investigações, a polícia descartou a hipótese de que Sérgio teria se envolvido em uma briga durante uma partida de futebol, o que teria motivado uma vingança. A polícia também vai investigar se um grupo preso com drogas e armas na tarde desta sexta-feira no Bairro Minaslândia tem participação na morte de Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro Bruno Fernandes. A suspeita foi levantada por uma denúncia anônima recebida pela Polícia Militar logo após as prisões.
Outras linhas de investigação seguidas pela polícia são a de queima de arquivo devido ao processo do desaparecimento e morte da ex-amante do goleiro Eliza Samudio, a que Sérgio respondia na Justiça com outros sete acusados e envolvimento com o tráfico de drogas. A polícia já teria recebido 20 versões diferentes a respeito do assassinato.