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Estado de Minas

Sítio alvo de buscas da polícia está entre bens bloqueados do goleiro Bruno

Enquanto o bebê Bruninho não receber pensão, já decretada pela Justiça, os bens do goleiro estão indisponíveis para qualquer tipo de negócio.


postado em 29/08/2012 06:00 / atualizado em 29/08/2012 09:16

Lona azul marca a localização das escavações no ponto indicado pelo informante: entre duas palmeiras, no limite da propriedade(foto: Jair Amaral/EM/D.A PRESS)
Lona azul marca a localização das escavações no ponto indicado pelo informante: entre duas palmeiras, no limite da propriedade (foto: Jair Amaral/EM/D.A PRESS)
 

 

O sítio de Bruno em Esmeraldas, que segundo a polícia serviu de cativeiro para Eliza Samudio, ainda não foi vendido formalmente, porque está indisponível, bloqueado devido ao processo de pensão alimentícia que corre na 1ª Vara de Família do Rio de Janeiro. A decisão da juíza Maria Cristina de Brito Lima, publicada em julho, atende a pedido da defesa da mãe de Eliza, Sônia Moura, que tem a guarda do bebê Bruninho, filho do atleta. Enquanto o menino não receber pensão, já decretada pela Justiça, os bens do goleiro estão indisponíveis para qualquer tipo de negócio.

De acordo com a advogada Maria Lúcia Borges, que representa os direitos da criança, há dois processos: o primeiro cobra a execução da pena e o outro, o pagamento dos últimos meses de pensão. Depois de citado, se Bruno não começar a pagar o benefício em três dias, os bens penhorados vão a leilão. No segundo caso, se o goleiro não quitar os meses atrasados, pode ter outro mandado de prisão, até que regularize a situação.

Segundo o advogado do atleta, Francisco Simim, o acordo para a venda foi fechado informalmente há cerca de seis meses e o novo proprietário já aproveita o sítio E-16, de 5 mil metros quadrados, no Condomínio Turmalina. Avaliada em R$ 1,2 milhão, a propriedade foi anunciada em classificados por R$ 800 mil, mas, de acordo com Simim, o valor definido ficou bem abaixo do que Bruno e a ex-mulher, Dayanne dos Santos, haviam pedido. Simim não quis informar a quantia acordada para a venda nem dar informações sobre o comprador.

As investigações da polícia mostram que Eliza passou os últimos quatro dias de sua vida em cárcere privado no sítio. Machucada na cabeça, por causa de uma agressão sofrida quando viajava do Rio de Janeiro para Minas com Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e o primo do goleiro J., que à época tinha 17 anos, a jovem teria ficado trancada em um quarto.

A propriedade havia sido descartada como o lugar onde o corpo tivesse sido enterrado, pois os depoimentos mostraram que Macarrão saiu com Eliza e voltou sozinho, com uma mala que foi queimada, contendo os pertences da jovem. O foco então se voltou para uma casa em Vespasiano, na Grande BH, onde a vítima teria sido esquartejada. Outros locais foram objeto de buscas, sem qualquer resultado:

6 de julho de 2010

(foto: Renato Weil/EM/D.A Press %u2013 6/7/10)
(foto: Renato Weil/EM/D.A Press %u2013 6/7/10)
Bombeiros procuram por dois dias corpo de Eliza na Lagoa Suja, no Bairro Liberdade II, em Ribeirão das Neves, Grande BH.

7 de julho de 2010

Peritos vasculham a casa do suspeito de matar Eliza, Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, no Bairro Santa Clara, em Vespasiano, Grande BH, para verificar denúncia de que o corpo estaria enterrado no local.

9 de julho de 2010

 

(foto: Renato Weil/EM/D.A Press %u2013 6/7/10)
(foto: Renato Weil/EM/D.A Press %u2013 6/7/10)
Bombeiros e policiais procuram o corpo em cisterna abandonada no Bairro Coqueirais, em Esmeraldas, também na Grande BH.

14 de julho de 2010

Bombeiros buscam indícios do corpo no sítio de Bola, em Vespasiano.

14 de julho de 2010


Peritos vasculham sítio do goleiro Bruno à procura de indícios do assassinato.

4 de novembro de 2010

 

(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press %u2013 4/11/10)
(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press %u2013 4/11/10)
Policiais civis e  bombeiros vasculham lagoa e mata do Parque Lagoa do Nado, no Bairro Planalto, na Região da Pampulha, em BH, em busca do corpo.

29 de junho de 2012

Polícia confirma diligência frustrada em busca do corpo em um poço no Bairro Planalto, depois de uma carta informar que o os restos mortais de Eliza estariam no local.

 

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