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Estado de Minas

Carta de primo reforça participação do goleiro Bruno na morte de Eliza Samudio

No texto, Sérgio Rosa Sales afirma que seus depoimentos foram verdadeiros e que outros advogados teriam o coagido para mudar sua versão.


postado em 27/08/2012 11:11 / atualizado em 27/08/2012 12:35

Uma carta escrita em 2011 por Sérgio Rosa Sales reforça a versão de que o goleiro Bruno teria envolvimento no desaparecimento e morte da ex-namorada Eliza Samudio. O conteúdo do documento, nunca divulgado, veio à tona no programa “Fantástico”, da TV Globo, no domingo. Na carta, endereçada aos pais, Sérgio afirma que seus depoimentos sobre o caso eram verdadeiros. “Só falei a verdade. O doutor (advogado) não me mandou falar isso ou aquilo. Eu não confio em outros advogados”.

O primo do goleiro também disse que teria sido coagido por advogados - que trabalhavam no processo na época – a mudar sua versão do crime. “Esses outros advogados estão vindo aqui talvez mandado (sic) por outros advogados para muda (sic) a minha cabeça no meu depoimento”, diz o texto.

O ex-advogado de Sérgio, Marco Antônio Siqueira, disse que não sabia da carta e, durante todo o tempo que defendeu o primo do jogador, ele “jamais disse que estava recebendo qualquer ameaça de Bruno, Bola ou Macarrão, nem quando estava preso nem nos 13 meses que ficou livre”. Mas Siqueira afirma que soube na semana passada, através de amigos de Sérgio, que ele pediu pra que não contassem para a mãe, o pai e o advogado sobre ameaças que ele vinha recebendo nos últimos tempos para não aborrecê-los.

 

O delegado Frederico Abelha conversou com familiares de Sérgio na semana passada. Conforme ele informou à assessoria de imprensa da Polícia Civil, uma mensagem com uma ameaça recebida pelo jovem no celular há aproximadamente dois meses será investigada, mas o delegado nega que Sérgio tenha recebido outras ameaças. 


Entenda o caso

Em liberdade há 378 dias, Sérgio, 24 anos, conhecido como Camelo, foi assassinado pela manhã, a poucos metros de casa, no Bairro Minaslândia, Região de Venda Nova, em Belo Horizonte, quando saía para o primeiro dia de trabalho em um serviço de pintura. Testemunhas viram um homem em uma moto vermelha, de capacete rosa, perseguindo o rapaz pelas ruas, com um revólver 38 na mão. Baleado nas costas, Sérgio ainda conseguiu correr por três quarteirões, gritou por socorro e tentou se refugiar no quintal da casa de amigos. Encurralado, foi atingido outras vezes: braço, peito, barriga, mão e rosto. Morreu na hora.

Durante as investigações, a polícia descartou a hipótese de que Sérgio teria se envolvido em uma briga durante uma partida de futebol, o que teria motivado uma vingança. A polícia também  vai investigar se um grupo preso com drogas e armas na tarde desta sexta-feira no Bairro Minaslândia tem participação na morte de Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro Bruno Fernandes. A suspeita foi levantada por uma denúncia anônima recebida pela Polícia Militar logo após as prisões.

Outras linhas de investigação seguidas pela polícia são a de queima de arquivo devido ao processo do desaparecimento e morte da ex-amante do goleiro Eliza Samudio, a que Sérgio respondia na Justiça com outros sete acusados e envolvimento com o tráfico de drogas. A polícia já teria recebido 20 versões diferentes a respeito do assassinato.

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