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Estado de Minas

Advogado de Bruno vai processar defensor de Macarrão após polêmica sobre homossexualidade

Pimenta vai contra-interpelaro colega, pois considera que chamar de homossexual não é denegrir a imagem de uma pessoa


postado em 12/07/2012 10:25 / atualizado em 12/07/2012 10:32

O advogado Rui Caldas Pimenta, defensor do ex-goleiro Bruno Fernandes, vai processar o colega Leonardo Diniz, que defende Luiz Henrique Romão, o Macarrão. Diniz interpelou Pimenta por difamar seu cliente ao declarar que ele e o atleta mantinham um relacionamento homossexual. Diniz entrou com a notificação na 10ª Vara Criminal do Fórum Lafayette, em BH, e reafirmou que Macarrão não vai assumir sozinho a responsabilidade pela morte da modelo Eliza Samudio.

Pimenta disse que o colega tem todo o direito de notificá-lo, mas que depois vai responder por danos morais e materiais. “Ele tem de fazer provas. Homossexualidade não é ilegal nos dias de hoje. Não é mais afrontante aos conceitos da sociedade”, afirmou Rui Pimenta.

Ao receber a interpelação, Pimenta vai responder que realmente chamou Macarrão de gay e que isso não é uma ofensa. “O Leonardo está desatualizado. Falar que é homossexual não é denegrir a imagem da pessoa. Hoje ser homossexual é digno, está tudo legalizado”. Pimenta disse que vai contra-interpelar Diniz e acredita que o juiz vá arquivar as notificações. Logo depois, vai entrar com ação de danos morais porque acha que o colega tentou afetar a moral dele com a interpelação.

A carta

A polêmica entre as duas partes começou depois da divulgação de um documento escrito por Bruno. Na carta, publicada na última edição da Revista Veja, o goleiro diz que conversou com seus advogados sendo orientado a colocar em prática "o plano B", que seria imputar a responsabilidade pela morte da modelo sobre Macarrão. O goleiro chega a pedir desculpas ao amigo. “Eu, sinceramente, não pediria isso pra você, mas hoje não temos que pensar em nós somente! Temos uma grande responsabilidade que são nossas crianças, então, meu irmão, peço que pense nisso e do fundo do meu coração me perdoe, eu sempre fui e sempre serei homem com você”, registrou no documento.

Em depoimento aos agentes da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), na última segunda-feira, o atleta afirmou que entregou o bilhete para outro detento antes de chegar às mãos de Macarrão. Nesse período, o advogado de Bruno disse que o cliente e Macarrão tinham “relacionamento homossexual ativo e passivo”.

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