Chegou às mãos do presidente da Comissão de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil em Minas Gerais (OAB-MG) , Ronaldo Armond, na tarde nesta sexta-feira, a carta supostamente escrita pelo goleiro Bruno dentro da Penitenciária Nelson Hungria.
No ofício o preso relata uma tentativa de aliciamento por parte do advogado criminalista José Arteiro Lima. O jogador conta que Arteiro esteve no presídio oferecendo serviços e pedindo para o acusado revelar detalhes sobre o desaparecimento de Eliza. O conteúdo do ofício ainda cita ofensas a Ércio Quaresma. As acusações teriam sido proferidas por Arteiro.
O advogado Ércio Quaresma, defensor de Bruno, protocolou a carta na OAB-MG com intenção de que a organização instaure um processo disciplinar para investigar o comportamento de Arteiro. Segundo Ronaldo Armond, o primeiro passo da OAB será verificar a autenticidade da carta, por ser um documento manuscrito. Só então a ordem poderá apurar se houve desrespeito ao código de ética e determinar as providências.
O presidente da Comissão de Ética disse que a possibilidade mais simples de provar a autenticidade do ofício seria procurar diretamente o goleiro Bruno e perguntar a ele se escreveu a carta. Ainda de acordo com Armod, esta opção se torna complicada porque o acusado está preso. Outras possibilidades para provar se o documento é verdadeiro serão estudadas pelo presidente.