A Justiça do Rio de Janeiro marcou para 26 de agosto, às 14h, a audiência de instrução e julgamento do processo em que o goleiro Bruno Fernandes, e seu amigo de infância, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, são acusados pelos crimes de sequestro e lesão corporal contra Eliza Samudio, em 2009, quando, supostamente, a modelo foi sequestrada e obrigada a tomar abortivo. A decisão foi tomada pelo juiz Marco José Mattos Couto, da 1ª Vara Criminal de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio.
A defesa de Bruno indicou oito testemunhas, sendo que três foram afastadas pelo magistrado. Serão ouvidos, a presidente do Flamengo Patrícia Amorim, o atual diretor executivo do Flamengo, Zico, o ex-técnico Andrade, o goleiro Paulo Victor Mileo Vidotti e o zagueiro Titi. Eliza Samudio, Adriano imperador e Vagner Love foram impugnados pelo juiz. O magistrado entendeu que “provas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias podem ser indeferidas”.
Já defesa de Macarrão escolheu oito testemunhas entre elas estão, Luiz Carlos Samudio o pai de Eliza, e três jogadores, os laterais Leonardo Moura e Rodrigo Alvim e o zagueiro Álvaro Luiz Maior de Aquino.
O Ministério Público queria que o juiz reconhecesse a má-fé na atuação da defesa dos réus, mas a demanda não foi aceita. O magistrado também indeferiu o pedido de revogação da prisão preventiva dos dois acusados por acreditar que a liberdade de ambos “deixaria as testemunhas intimidadas, o que colocaria em risco o regular andamento do processo”.
Para o juiz Marco Couto, que, junto com o decreto de prisão, deferiu todas as diligências requeridas pelo MP, inclusive a quebra do sigilo de dados telefônicos, a liberdade dos acusados deixaria as testemunhas intimidadas, o que colocaria em risco o regular andamento do processo.
"É conveniente que os acusados fiquem presos, a fim de que não se corra o risco de ver enfraquecido o conjunto probatório por constrangimento das pessoas que virão depor em juízo. Vê-se, portanto, que o réu Bruno Fernandes das Dores de Souza e seus seguranças há muito têm usado meios violentos para resolver qualquer problema que se apresente. Logo, é chegada a hora de interromper este caminho criminoso eleito por ambos os réus, o que motiva a decretação de sua prisão diante da periculosidade dos mesmos”, concluiu na ocasião.
A prisão preventiva do goleiro Bruno e de seu amigo Luiz Henrique Ferreira Romão pelos crimes de lesão corporal e seqüestro foi decretada em 08 de julho. Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público, Bruno teria agredido Eliza física e psicologicamente, em outubro de 2009, exigindo que a modelo fizesse um aborto. Na época, Eliza estava grávida de cinco meses e o atleta seria o suposto pai da criança.