O resultado da apuração do carnaval de São Paulo, que foi interrompida depois de um tumulto, deve ser conhecido apenas nesta quarta-feira. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da Liga das Escolas de Samba de São Paulo. A decisão foi tomada em reunião entre os presidentes das agremiações no Sambódromo do Anhembi.
A apuração foi interrompida por volta de 17h40 desta terça-feira por causa de uma grande confusão e atos de vandalismo. Tiago Farias, de 29 anos, integrante da Império da Casa Verde, invadiu a área de apuração no sambódromo do Anhembi, pegou e rasgou os votos da mesa e saiu correndo no momento em que eram anunciadas as notas do último quesito (comissão de frente), critério de desempate no carnaval de São Paulo deste ano.
Outros torcedores de várias escolas, insatisfeitos com os votos da comissão julgadora, também invadiram a área que era isolada. Um carro alegórico da Pérola Negra que estava na parte de trás do sambódromo foi incendiado e também houve depredação do alambrado do sambódromo. Cadeiras também foram jogadas. Policiais e seguranças controlaram a confusão. O Corpo de Bombeiros conseguiu conter as chamas no carro. Ninguém se feriu.
Depois do quebra-quebra, pelo menos cinco pessoas acabaram detidas. Tiago Ciro Tadeu Farias e Cauê Santos Ferreira, presos nesta terça na confusão afirmaram em depoimento que havia "um acordo de cavalheiros" para que nenhuma escola saísse campeã neste ano. Eles prestaram depoimento ao delegado Osvaldo Nico Gonçalves.
A troca de dois jurados, na quinta-feira, 16, um dia antes do início dos desfiles, motivou o combinado que envolveu 13 escolas - apenas a "campeã", que seria beneficiada pela troca, não participou do acordo, na versão dos presos. Eles não disseram qual seria essa escola. A Mocidade Alegre estava na frente, muito próxima do título, quando a leitura dos votos foi interrompida.
(Com informações da Agência Estado)