Estudo divulgado nessa terça-feira (15) pela Agência Nacional de Aviaçã Civil (Anac) mostra que a tarifa aérea média internacional registrou queda nominal, sem descontar a inflação, para todos os continentes de destino dos brasileiros entre 2011 e 2016.
A América do Norte foi o endereço com a maior redução no valor das passagens aéreas, em média de 40,7%. A América do Sul, por sua vez, apresentou a menor recuo, de 19,5% na mesma base de comparação.
Naquele último ano, a tarifa aérea média internacional nominal foi de US$ 939 para a África, US$ 638 para América Central, US$ 677 para a América do Norte, US$ 317 para a América do Sul, US$ 1.137 para a Ásia e US$ 837 para a Europa.
Ainda de acordo com o levantamento feito pela Anac, para a América do Sul 59,8% das passagens aéreas foram vendidas abaixo de US$ 300 em 2016, ante 34% a mais em 2011. Para a América do Norte, 53,6% foram vendidas abaixo de US$ 600 em 2016, ante 6,9% a mais em 2011. Para a Europa, 56,5% foram vendidas abaixo de US$ 750 em 2016, ante 16,2% a maior em 2011.
Entre os principais países de destino, as passagens para os Estados Unidos da América apresentaram a maior variação negativa nominal na tarifa aérea média, que foi de 42,3%, enquanto aquelas para o Uruguai registraram a menor redução, de 0,8%.
Quando analisada a variação das tarifas médias em dólar por destino entre 2011 e 2016, verifica-se que, em geral, os preços das passagens em dólar para outros países caíram de 2015 para 2016, mas ficou mais caro viajar para a América do Sul e América do Norte.
Houve queda na cotação do dólar de 17% no ano passado, quando a moeda norte-americana encerrou o período cotada a R$ 3,24.
É a primeira vez que a Anac divulga um relatório sobre preços e volume de passageiros transportados com dados de empresas aéreas brasileiras e estrangeiras.
No ano passado, os países vizinhos da América do Sul foram os mais procurados e receberam 35,8% do total de voos que saíram do Brasil. Os europeus ficaram em segundo lugar, com 29,4%, e a América do Norte concentrou 24,2% do total de viagens.
Quanto ao número de passageiros que viajaram do Brasil para outros países, e vice-versa, esse universo caiu em 2016 pela primeira vez em sete anos. No ano passado, 20,9 milhões de pessoas fizeram viagens internacionais, ante 21,6 milhões em 2015.
De acordo com a agência reguladora, a queda dos embarques internacionais ocorre em períodos de desvalorização do real e de recuo do Produto Interno Bruto (PIB, a soma da produção de bens e serviços do país), em razão da perda do poder de compra dos brasileiros.