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Estado de Minas

Minas Gerais puxa a geração de empregos formais no país

Estado tem saldo de 22.931 postos de trabalho em maio, no melhor resultado do Brasil, que gerou 34.253 vagas com carteira. Ministro vê retomada da economia e comemora


postado em 21/06/2017 06:00 / atualizado em 21/06/2017 07:56

Pelo segundo mês consecutivo o Brasil voltou a gerar empregos em maio, com a abertura de 34.253 postos de trabalho com carteira assinada, segundo dados do Cadastro Geral de Empregos e Desempregos (Caged) divulgado nesta terça-feira pelo Ministério do Trabalho. E Minas Gerais foi o estado que mais gerou empregos formais no mês passado, com a criação de 22.931 postos de trabalho. Enquanto no país foram efetuadas 1.242.433 admissões e 1.208.180 demissões em maio, no estado foram 159.198 contratações e 136.267 dispensas.

O saldo em Minas representa crescimento de 0,58% em relação a abril, enquanto no país a alta foi de 0,09%. Segundo o Ministério do Trabalho, o resultado para o mês de maio é o primeiro positivo desde 2014, quando foram abertas 58,8 mil vagas.

Nos cinco primeiros meses de 2017, há uma abertura de 48.253 postos de trabalho com carteira assinada, um aumento de 0,13% em relação ao estoque de empregos em dezembro de 2016. O número no ano é melhor do que em igual período de 2016 (-448.011) ou de 2015 (-243.948). Mas em 12 meses há um fechamento de 853.665 vagas. Para o mês, tanto no país quanto em Minas, a agricultura, o setor de serviços e a indústria de transformação foram os responsáveis pela abertura de postos de trabalho com carteira assinada.

No Brasil, a agropecuária gerou 46.049 postos de trabalho, um crescimento de 2,95%. As culturas responsáveis por esse resultado foram o café, em Minas Gerais; a laranja, em São Paulo; e a cana-de-açúcar, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Os outros setores com saldo positivo foram serviços (1.989 postos), a indústria de transformação (1.433 vagas) e a administração pública (955 postos formais). Tiveram saldo negativo os setores do Comércio (-11.254 postos), a construção civil (-4.021 vagas) e a indústria extrativa mineral, com resultado negativo de 510 postos.


Em Minas, o resultado foi motivado, principalmente, pela expansão dos setores de agropecuária (18.727 postos), serviços (2.012 vagas), indústria de transformação (1.546 empregos) e construção civil (919 contratações a mais). Em função da forte abertura de vagas no setor agropecuário, o interior do estado teve saldo de 21,944 vagas formais. Foram 110.279 admissões e 88.335 demissões. Já na Região Metropolitana de Belo Horizonte foram 48.919 admissões e 47.932 demissões, com saldo de 987 postos de trabalho com carteira assinada. Além de Minas Gerais, São Paulo também gerou vagas em maio, com saldo de 17.226 contratações formais.

Com os resultados de Minas e São Paulo, o Sudeste fechou maio com a criação de 38.691 empregos, enquanto no Centro-Oeste o saldo positivo foi de 6.809 vagas e no Nordeste a abertura de 372 postos. Em contrapartida, houve retração nas regiões Norte (-1.024 postos) e Sul (-10.595). Já em relação aos oito principais setores da economia, quatro tiveram desempenho positivo e quatro fecharam postos de trabalho.

Sinal de recuperação

Para o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, a geração de empregos pelo segundo mês consecutivo reforça a percepção de retomada da atividade econômica. “Podemos constatar que economia volta a dar sinais de recuperação, e a geração de empregos é um indicador que mostra isso”, disse. O ministro afirmou ainda que o governo trabalha para manter a tendência de alta no emprego e ressaltou que, dos cinco primeiros meses do ano, houve resultado positivo em três (fevereiro, abril e maio). Mas Nogueira reconheceu que projetar agora um saldo positivo para o ano é prematuro. “Gostaria de garantir isso (que o ano terminará com geração de emprego), mas não posso garantir”, admitiu.

 

Em relação ao saldo positivo nos cinco primeiros meses do ano pela primeira vez desde 2014, Ronaldo Nogueira avalia que “dá pra comemorar isso, é sinal de que economia se estabiliza e emprego volta a dar sinais de recuperação”. Em maio, quatro dos oito principais setores da economia geraram vagas. "Acreditamos que a economia se consolida mês a mês, e os setores vêm apresentando sinais de recuperação. Mesmo aqueles que apresentaram resultados negativos, na comparação com o mesmo período de 2016 e 2015, os números são menores”, afirmou o ministro.


O coordenador-geral de estatísticas do Ministério do Trabalho, Mário Magalhães, lembrou que o desempenho de setores como indústria de transformação (que gerou 1,4 mil vagas) e serviços (que abriu quase 2 mil postos) está “condizente” com a sazonalidade do período, bem como a geração de 46 mil vagas na agricultura, também verificada em meses de maio de anos anteriores. Daqui para frente, a tendência é que o saldo total oscile até atingir o pico do emprego, entre os meses de setembro e outubro. Mas o técnico também ponderou que é difícil fazer projeções para o desempenho do mercado de trabalho no ano. “O mercado de trabalho é caixinha de surpresas, não temos como ter certeza dos próximos resultados”, disse.

 

enquanto isso...

...Arrecadação ainda sofre com recessão

A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 97,694 bilhões em maio, um recuo real (já descontada a inflação) de 0,96% na comparação com o mesmo mês de 2016. O resultado foi o pior para o mês desde 2010. O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, avaliou ontem que a arrecadação de maio foi determinada pelo comportamento dos indicadores macroeconômicos, mas projetou uma melhora nos próximos meses. “O quadro recessivo ainda continua impactando a arrecadação”, afirmou. “Considerando a totalidade de receitas da União, desde o início do ano, temos uma variação positiva, mas sempre abaixo de 1%”, acrescentou Malaquias. Entre janeiro e maio deste ano, a arrecadação federal somou R$ 544,485 bilhões, o que representa ainda uma alta real de 0,35% na comparação com igual período do ano passado. “O resultado do PIB do primeiro trimestre foi satisfatório, em função do agronegócio, mas isso pouco refletiu na arrecadação, porque o setor é pouco tributado”, afirmou Malaquias.


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