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Estado de Minas

Para sustentar alta do PIB, campo terá R$ 190 bilhões

Empréstimos serão oferecidos a juros reduzidos entre um e dois pontos percentuais, vantagem dada ao setor que teve forte avanço de janeiro a março. Plano vai até 2018


postado em 08/06/2017 06:00 / atualizado em 08/06/2017 07:54

(foto: Arte/Quinho)
(foto: Arte/Quinho)

Brasília – Em solenidade pontuada de recados políticos, o governo federal lançou ontem o Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018, com a oferta de linhas de crédito de R$ 190,25 bilhões destinados a produtores de empreendimentos de médio e grande porte. O crédito rural estará liberado entre 1º de julho próximo e 30 de junho de 2018.

Os juros dos financiamentos foram reduzidos entre um e dois pontos percentuais, dependendo da operação financeira. Na cerimônia realizada no Palácio do Planalto, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, destacou que o programa não atenderá só às culturas de soja, milho e algodão. “É para a agricultura como um todo”, destacou.

Com os resultados já divulgados do Produto Interno Bruto (PIB, o conjunto da produção de bens e serviços do país) no primeiro trimestre, quando somente a agropecuária avançou 13,4%, Maggi ressaltou que o plano safra se consolida como uma importante política do governo federal.

“Tivemos um plano safra salvando, literalmente, a economia brasileira. E eu espero que nós, agricultores e pecuaristas, pessoas ligadas ao agro, possamos, junto com a agricultura familiar, tornar cada vez mais o país um país agrícola e que produz alimentos e exportador”, declarou.

O presidente da República, Michel Temer, disse que o governo se planejou e que não há espaço para improvisações. “Em todas as áreas, o propósito do governo é criar condições para um Brasil melhor”, afirmou.

Temer repetiu ainda que o agronegócio é um importante setor para a retomada da economia, que gera emprego e renda e também é fundamental para garantir a segurança alimentar para o país e o para o mundo.

Ao justificar a prioridade dada pelo governo ao setor, o presidente enfatizou que no ano passado a agropecuária respondeu por 40% das exportações brasileiras. Temer disse que o ministro Blairo Maggi fará nova viagem de 10 dias à China para abrir mercados para o Brasil.

CUSTEIO E INVESTIMENTO
O volume de crédito para custeio e comercialização do Plano Safra será de R$ 150,25 bilhões, sendo R$ 116,25 bilhões a ser financiados com juros a taxas fixadas pelo governo, e R$ 34 bilhões com juros livres, negociados entre a instituição financeira e o produtor. Os recursos destinados para investimento avançaram 12%, subindo de R$ 34,05 bilhões para R$ 38,15 bilhões.

O valor total anunciado é um pouco maior que os R$ 188 bilhões anunciados pelo banner no evento de apresentação, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), e, segundo auxiliares do presidente Michel Temer, foi mudado entre a terça-feira e ontem para inclusão de R$ 550 milhões destinados a subsídios ao Programa do Seguro Rural. Esta última quantia não está garantida e só deve ser ratificada no Orçamento de 2018, bem com o R$ 1,4 bilhão extra para a comercialização.

A soma é 2,84% maior do que os R$ 185 bilhões liberados na safra 2016/17 por Temer, mas menor que os R$ 202,8 bilhões anunciados em maio do ano passado pela ex-presidente Dilma Rousseff, ainda no fim de seu mandato. Quando assumiu, Temer reduziu, sem muito alarde, os volumes para o atual período.

Os juros para o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), com R$ 1,6 bilhão em recursos, e para programa de inovação, com R$ 1,26 bilhão, são de 6,5% ao ano. No caso do custeio, os encargos caíram de 8,5% e 9,5% ao ano para 7,5% e 8,5% ao ano. Os juros para Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural serão de 7,5% ao ano, com R$ 21,7 bi em recursos, alta de 12% sobre 2016/2017. Do total, os médios produtores rurais terão à disposição R$ 18 bilhões em custeio e R$ 3,7 bilhões em investimentos.

O Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota) passa a contar com R$ 9,2 bilhões. No período anterior, os recursos iniciais foram de R$ 5 bilhões, mas superaram R$ 9,5 bilhões com aportes feitos desde o ano passado. A compra de máquinas e implementos agrícolas terá o limite de financiamento de 90% do valor financiado, com prazo de pagamento de sete anos. O governo espera que financiamentos tendo como fonte a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) devem alcançar R$ 27,3 bilhões. (Com agências)


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