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Estado de Minas

Nos dias após crise política, houve fluxo positivo de dólares ao País, diz BC


postado em 23/05/2017 16:07

Brasília, 23 - Apesar das denúncias da JBS que atingem o governo Michel Temer, que surgiram na última quarta-feira, 17, o País enfrentou um fluxo de entrada de dólares tanto na quinta-feira, 18, quanto na sexta-feira, 19. Dados divulgados nesta terça-feira, 23, pelo chefe adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Fernando Rocha, mostram que, na quinta-feira, o fluxo total de recursos para o País foi positivo em US$ 2,338 bilhões, resultado de entradas líquidas pela via comercial de US$ 1,266 bilhão e entradas líquidas pela via financeira de US$ 1,072 bilhão.

Na sexta-feira, houve fluxo total positivo de US$ 1,124 bilhão, com entradas líquidas de US$ 282 milhões pela via comercial e entradas líquidas de US$ 842 milhões pela via financeira.

Na prática, em meio ao forte avanço do dólar ante o real, verificado na quinta-feira, muitos participantes do mercado aproveitaram para fechar operações e internalizar dólares.

Rocha afirmou ainda que, em maio, até o dia 19, o fluxo cambial total está positivo em US$ 486 milhões. Isso é resultado, por um lado, de entradas líquidas de US$ 3,489 bilhões pela via comercial. Neste caso, as importações foram de US$ 7,394 bilhões e as exportações foram de 10,883 bilhões. Dentro das exportações, são US$ 1,725 bilhão de Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 2,325 bilhões de Pagamento Antecipado (PA) e US$ 6,832 bilhões de Demais operações.

Por outro lado, a via financeira registra fluxo negativo em maio até dia 19, de US$ 3,003 bilhões. Isso é resultado de envios de US$ 28,807 bilhões e de entradas de US$ 25,805 bilhões.

Por fim, Rocha informou ainda que em maio, até dia 19, a posição vendida dos bancos está em US$ 12,257 bilhões no câmbio à vista. No fim de abril, essa posição vendida era de US$ 12,814 bilhões.

Incertezas

O chefe adjunto do Departamento Econômico do Banco Central disse que é preciso observar a evolução do cenário de incertezas ocasionado pela delação da JBS. "Tivemos aumento de incertezas, mas a mensagem do Banco Central é que ele atua para manter o bom funcionamento do mercado", reforçou. "É difícil definir o que acontece em um dia específico no mercado de câmbio. Existem interesses opostos, não há como ter uma informação precisa para um movimento em um dia ou outro", observou.

(Fabrício de Castro e Lorenna Rodrigues)


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