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Estado de Minas

100 dias do governo Trump são marcados por muito ruído para pouca coisa, diz S&P


postado em 28/04/2017 20:13

São Paulo, 28 - "Muito ruído sobre nada" foi o título dado pela agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) ao relatório de avaliação dos 100 primeiros dias do governo de Donald Trump. "Neste momento, acreditamos que o ímpeto subjacente manterá a economia crescendo em ritmo modesto nos próximos anos", disse Beth Ann Bovino, economista-chefe da agência.

"Esperamos mudanças na política, incluindo medidas para reduzir a regulação, um simples conjunto de cortes de impostos (US$ 500 bilhões) e um pequeno pacote de infraestrutura US$ 100 bilhões), que provavelmente darão um adicional extra ao crescimento de 2018", diz Bovino. Segundo ela, a faixa de crescimento entre 2% e 2,5% da economia americana deve permanecer.

No relatório, a agência coloca no campo positivo a desregulação prometida por Trump, aliada a maiores reduções de impostos e ao pacote de investimentos em infraestrutura, além de mudanças limitadas nas políticas de comércio e imigração. "Assumimos uma redução no imposto de renda federal para corporações em torno de US$ 1 bilhão ao longo dos próximos 10 anos, com cortes que são praticamente iguais, proporcionalmente, para empresas e indivíduos", diz a agência. A S&P afirma, ainda, que espera que o Congresso aprove gastos de US$ 200 bilhões com infraestrutura, pouco acima de 1% do PIB real americano. "Em 2018, o déficit federal seria quase US$ 120 bilhões maior do que em nosso cenário base."

A S&P afirma, ainda, que os EUA devem crescer 2,4% neste ano e 2,9% em 2018, contra a previsão inicial de crescimento de 2,3% e de 2,4%, respectivamente. Segundo a agência, a economia se beneficiaria não apenas de impostos mais baixos e do aumento dos gastos com infraestrutura, mas também de uma redução da incerteza política a partir do quarto trimestre deste ano.

"No entanto, em nosso cenário negativo, as promessas de campanha do presidente Trump não se materializam e pode ocorrer uma paralisia política e um aumento com as preocupações protecionistas matam o otimismo pós-eleitoral", afirma. Para a S&P, mais incerteza para as empresas mantém os investimentos aquém do esperado, o que alimenta o já decepcionante crescimento da produtividade. "Nesse cenário, os mercados de ações recuam e o sentimento do consumidor vacila. Além disso, o crescimento do PIB real cairá para 1,4% este ano e para 1,5% em 2018."


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