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Estado de Minas

Usi­mi­nas reduz perdas e custos de produção

Si­de­rúr­gi­ca mi­nei­ra apu­rou pre­juí­zo lí­qui­do de R$ 195 mi­lhõ­es no quar­to tri­mes­tre, an­te R$ 1,6 bi ne­ga­ti­vos em 2015. Re­es­tru­tu­ra­ção aju­dou em­pre­sa


postado em 18/02/2017 06:00 / atualizado em 18/02/2017 07:59

A Usi­mi­nas, do­na da maior ca­pa­ci­da­de de pro­du­ção no Bra­sil de aços pla­nos, co­me­ça a dar si­nais de que po­de es­tar dei­xan­do pa­ra trás a pior fa­se de per­das de sua his­tó­ria. A em­pre­sa, que di­vul­gou on­tem os re­sul­ta­dos do quar­to tri­mes­tre de 2016, amar­gou pre­juí­zo lí­qui­do de R$ 195 mi­lhões no pe­río­do. En­tre­tan­to, re­gis­trou lu­cro ope­ra­cio­nal de $ 223,4 mi­lhões, o me­lhor nos úl­ti­mos 11 tri­mes­tres. O in­di­ca­dor apon­ta que, em­bo­ra a com­pa­nhia es­te­ja de­fi­ci­tá­ria, a pro­du­ção de aço foi lu­cra­ti­va.

Ape­sar de um ba­lan­ço mais ne­ga­ti­vo na com­pa­ra­ção com julho a setembro, quan­do o pre­juí­zo foi de R$ 107 mi­lhões, as per­das caí­ram de for­ma sig­ni­fi­ca­ti­va an­te o quar­to tri­mes­tre de 2015 (R$ 1,627 bi­lhão ne­ga­ti­vos). Em 2016, o pre­juí­zo lí­qui­do acu­mu­la­do foi de R$ 577 mi­lhões, fren­te a R$ 3,6 bi­lhões de pre­juí­zo em 2015.

 “Co­me­ça­mos a tra­ba­lhar na re­ver­são dos re­sul­ta­dos da Usi­mi­nas des­de 2015. Ado­ta­mos uma sé­rie de me­di­das pa­ra ade­quar a Usi­mi­nas ao ta­ma­nho do mer­ca­do bra­si­lei­ro. Os nú­me­ros mos­tram que as de­ci­sões que to­ma­mos nos le­va­ram ao ca­mi­nho cer­to”, afir­ma o pre­si­den­te da com­pa­nhia, Rô­mel Erwin de Sou­za.

Des­de 2015, a Usi­mi­nas vem ado­tan­do me­di­das drás­ti­cas fren­te a tur­bu­lên­cia vi­vi­da na in­dús­tria do aço no Bra­sil. Com a pa­ra­li­sa­ção da ati­vi­da­de das áreas pri­má­rias (co­que­ria, sin­te­ri­za­ção, al­tos-for­nos e acia­ria) da usi­na de Cu­ba­tão (SP), há um ano, de­mi­tiu 1,8 mil em­pre­ga­dos di­re­tos. A com­pa­nhia tem ado­ta­do ain­da in­ten­sa re­du­ção de cus­tos ope­ra­cio­nais. A em­pre­sa tem si­do afe­ta­da, tam­bém, pe­lo con­fli­to de seus prin­ci­pais acio­nis­tas des­de o fim de 2014, a ja­po­ne­sa Ni­ppon Steel e a íta­lo-ar­gen­ti­na­Ter­nium/Te­chint.

O pre­si­den­te da Usiminas diz que o pre­juí­zo no úl­ti­mo tri­mes­tre de 2016 re­fle­te even­tos ex­traor­di­ná­rios, en­tre eles o gas­to de mais de R$ 70 mi­lhões pa­ra an­te­ci­par o fim de um con­tra­to com um for­ne­ce­dor. O Eb­ti­da – lu­cro an­tes de des­con­tar ju­ros, im­pos­tos, de­pre­cia­ção e amor­ti­za­ção – de
R$ 234,1 mi­lhões, tam­bém foi im­pac­ta­do, em lu­gar dos
R$ 306,9 mi­lhões no ter­cei­ro tri­mes­tre. Sem es­ses even­tos, te­ria al­can­ça­do R$ 350 mi­lhões, de acor­do com Rô­mel Sou­za.

As ven­das de aço da Usi­mi­nas en­co­lhe­ram 26% na com­pa­ra­ção en­tre os úl­ti­mos tri­mes­tres de 2016 e 2015. En­tre ou­tu­bro e de­zem­bro, fo­ram co­mer­ciali­za­dos 891 mil to­ne­la­das, quan­to no mes­mo pe­río­do do ano an­te­rior a co­mer­cializa­ção ha­via si­do de 1,2 mi­lhão de to­ne­la­das. Se con­si­de­ra­do o ba­lan­ço anual, a que­da se man­tém em 26%, de 4,9 mi­lhões de to­ne­la­das em 2015 pa­ra 3,6 mi­lhões no ano pas­sa­do.

“Re­du­zi­mos o cus­to dos pro­du­tos ven­di­dos em 20,4% e as des­pe­sas ge­rais e ad­mi­nis­tra­ti­vas em 19,5%. Ou se­ja, en­tra­mos em 2017 mais com­pe­ti­ti­vos e oti­mi­za­dos, na ex­pec­ta­ti­va de que as pro­je­ções de cres­ci­men­to do mer­ca­do de aços pla­nos, ain­da que mo­de­ra­das, pos­sam nos tra­zer re­sul­ta­dos con­ti­nua­men­te me­lho­res”, afir­mou Sou­za. A ex­pec­ta­ti­va é de au­men­to de vo­lu­me nas ven­das pa­ra o mer­ca­do in­ter­no em tor­no de 3% a 4% nes­te ano, se­gun­do o pre­si­den­te da Usi­mi­nas.


A em­pre­sa re­du­ziu sua dí­vi­da bru­ta em 11%, de R$ 7,7 bi­lhões, no quar­to tri­mes­tre de 2015, pa­ra R$ 6,893 bi­lhões no quar­to tri­mes­tre de 2016. O cai­xa da em­pre­sa me­lho­rou e pas­sou de $ 2,024 bi­lhões pa­ra R$ 2,257 bi­lhões. Na Bol­sa de Va­lo­res de São Pau­lo, as ações or­di­ná­rias da com­pa­nhia USIM3 rea­gi­ram on­tem, com va­lo­ri­za­ção de 4,06%, co­ta­das a R$ 9,73 às 17h54. Já os pa­péis pre­fe­ren­ciais (USIM5), co­ta­dos a R$ 5,45, ti­ve­ram que­da de 0,18% qua­se ao fim do pre­gão.

 

Apli­ca­ção histórica
no Te­sou­ro Di­re­to

 

As com­pras de tí­tu­los pú­bli­cos pe­lo pro­gra­ma Te­sou­ro Di­re­to so­ma­ram R$ 2,17 bi­lhõ­es em ja­nei­ro, mai­or va­lor da his­tó­ria de acor­do com o Te­sou­ro Nacional. No mês pas­sa­do, fo­ram fei­tas 221.316 ope­ra­çõ­es, com acrés­ci­mo de 21.632 investidores. O va­lor mé­dio das ope­ra­çõ­es foi de R$ 11,180 mil, mas 71,3% das ne­go­ci­a­çõ­es fo­ram de até R$ 5 mil. Os res­ga­tes so­ma­ram R$ 2,21 bi­lhõ­es no mês pas­sa­do, sen­do R$ 1,49 bi­lhão em tí­tu­los ven­ci­dos e R$ 720 mi­lhõ­es em recompras. Os in­ves­ti­do­res pro­cu­ra­ram prin­ci­pal­men­te tí­tu­los in­de­xa­dos ao IP­CA, (Te­sou­ro IP­CA+ e Te­sou­ro IP­CA com ju­ros se­mes­trais), que ti­ve­ram par­ti­ci­pa­ção de 49,8% do to­tal negociado. A fa­tia dos tí­tu­los in­de­xa­dos à ta­xa Se­lic (Te­sou­ro Se­lic) cor­res­pon­de­ram a 25,7% do to­tal e os pre­fi­xa­dos (Te­sou­ro pre­fi­xa­do e Te­sou­ro pre­fi­xa­do com ju­ros se­mes­trais), a 24,5%. A mai­o­ria dos in­ves­ti­men­tos fo­ram em pa­péis de me­nor pra­zo – 52,9% das com­pras fo­ram de tí­tu­los de um a cin­co anos, 36,8% de cin­co a 10 anos e 10,3% aci­ma de 10 anos. O to­tal de in­ves­ti­do­res pes­so­as fí­si­cas que es­tão ati­vos cres­ceu 70,9% nos úl­ti­mos 12 me­ses, al­can­çan­do 423.431 em janeiro.


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