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Estado de Minas

Ouro Preto lidera ranking do país de empresas com maior sobrevida

Cidade mineira é líder em número de micro e pequenos empreendimentos recém-criados que superam os 2 anos de vida


postado em 11/01/2017 06:00 / atualizado em 11/01/2017 09:25

Segundo levantamento do Sebrae, das684 firmas abertas na cidade histórica em 2012, 86% continuavam funcionando em 2014 (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Segundo levantamento do Sebrae, das684 firmas abertas na cidade histórica em 2012, 86% continuavam funcionando em 2014 (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

Para o pequeno peixe navegar em correntezas fortes e turbulentas ele precisa ser mais esperto e procurar formas de vencer a força das águas. Assim é a vida do micro e pequeno empresário para escapar ao “período crítico” que são os dois primeiros anos após a abertura do negócio.Os empreendedores de Ouro Preto, Região Central de Minas, estão mais espertos para driblar esses desafios. Isso é o que aponta estudo feito pelo Sebrae que indicou que de cada 100 empresas que abriram na cidade história, 86 permaneceram no mercado após os dois primeiros anos. O dado deixa o município na liderança com a maior taxa de sobrevivência de micro e pequenas empresas do país.

Minas Gerais também ficou com a média acima da nacional. Ao todo, o país teve média de 76,6% de sobrevivência, enquanto Minas registrou 77,4%. Para a analista da unidade de inteligência empresarial do Sebrae-MG, Venússia Santos, questões específicas da cidade podem ter influência. “É um local que tem grande mercado consumidor, legislação favorável, além de facilidade de abrir e fechar negócios e políticas públicas favoráveis”, afirmou.

Outro ponto que a analista destaca é está relacionado a uma das principais características de Ouro Preto. “A presença de turistas no local pode ajudar a estabelecer a economia do município, mas não podemos dizer que é só esse fator”, analisa. Venússia, no entanto, conta que para que o dono do negócio consiga superar a turbulência dos dois anos iniciais é preciso preparação. “O empresário tem que buscar informações sobre o negócio, exigências e legislação. Tem que observar quais as capacidades ele tem e as que precisam serem desenvolvidas. É preciso ter uma visão ampla do negócio”, disse.

Essa necessidade de se preparar antes de abrir algum negócio é evidente quando se analisa os dados do estudo. Segundo o levantamento, entre os motivos que contribuem para o fechamento das empresas está a falta de planejamento e dificuldades gerenciais. A falta de capital também aparece como fator que leva ao fechamento, assim como a falta de investimento na capacitação da mão de obra.

Além do destaque para os micro e pequenos empresários de Ouro Preto, os empreendedores mineiros, de forma geral, vem conseguindo vencer essas barreiras e a taxa de sobrevivência das empresas vem se ampliando, segundo o estudo. Das empresas constituídas em 2008, 59,5% sobreviveram nos 2 primeiros anos. Daquelas que iniciaram a atividade em 2009 e 2010, 60,1% e 77,2%, respectivamente, estavam em atividade nos dois anos seguintes. A partir daí, houve uma estagnação do aumento da taxa de sobrevivência das empresas de 77,3% em 2011 e de 77,4% em 2012.

Alguns setores especialmente se destacaram. A indústria, com 79,8% de sobrevivência, puxou a lista, seguida da construção (78,3%). Na sequência ficaram o comércio com 77,5% e o setor de serviços com 76,3%.

Carga pesada
Outro dado importante que o estudo revelou é que a carga de impostos elevada e os juros altos têm impacto direto na sobrevivência das micro e pequenas empresas. Segundo a pesquisa, 31% dos empresários que encerraram suas atividades em 2014 apontaram que despesas com taxas e impostos, além de juros foram os motivadores da descontinuidade do negócio.

Para mais da metade deles, 52%, a diminuição dos encargos teria facilitado a vida da empresa e feito com que a atividade ganhasse fôlego. De acordo com o Sebrae, o empresário deve ficar atento a 10 pontos para garantir a sobrevivência do negócio. Primeiramente, planejamento e respeito à capacidade financeira, além de não misturar as finanças da empresa com as pessoais. Importante também é prestar atenção à concorrência e sempre ficar atento à possibilidade de ampliar o leque de fornecedores.

Ainda nas dicas, o Sebrae destaca a importância de controlar o estoque e investir em estratégias de marketing que não sejam só anúncio. Inovar, mesmo que seja em um produto ou serviço, é fundamental. Cabe ao empresário investir sempre em sua formação e ser fiel aos seus valores e aos do negócio.


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