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Estado de Minas

Após 2 anos de queda, Abecip prevê recuperação do crédito imobiliário em 2017


postado em 06/12/2016 14:31

São Paulo, 06 - O presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Gilberto Duarte de Abreu Filho, estimou recuperação do crédito imobiliário destinado à produção e comercialização de imóveis em 2017, após dois anos seguidos de queda. "Para 2017, vamos ver um cenário de melhora", disse nesta terça-feira, 6, Abreu, sem citar números, em mesa-redonda no Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).

A expectativa do executivo é que os estoques de imóveis novos não vendidos caiam gradualmente, motivando as empresas de incorporação imobiliária a retomar os lançamentos de novos projetos. "Por mais difícil que seja, os estoques serão consumidos nos próximos anos, e isso levará o setor a voltar a produzir. O nível de lançamentos das incorporadoras foi baixíssimo e isso não será sustentável para os próximos anos", explicou.

Abreu acrescentou que outro ponto favorável é a tendência de redução da taxa básica de juros, incentivando oferta de crédito mais barato pelos bancos. "Apesar de o dinheiro ainda não estar barato, ele está mais acessível. Vocês vão ver os bancos acompanhando a queda da Selic e voltando a ofertar", estimou.

O presidente da Abecip lembrou também que o crédito imobiliário foi extremamente afetado pela escassez de funding. Em dois anos, as cadernetas de poupança - que servem de fonte de recursos para os financiamentos - tiveram captação líquida negativa (saldo entre depósitos e saques) de quase R$ 100 bilhões.

Os financiamentos imobiliários, por sua vez, somaram R$ 37,2 bilhões janeiro e outubro de 2016, o montante foi 44,2% menor que o registrado em igual período do ano passado. Segundo Abreu, os financiamentos devem atingir R$ 45 bilhões neste ano.

O presidente da Abecip ponderou que a perspectiva de melhora do setor permanece muito influenciada pelo andamento do quadro macroeconômico, que, por sua vez, segue marcado por forte incerteza oriunda do campo político. "A grande incerteza é que o vai acontecer com a política, pois isso é o que desenhará se o cenário do mercado será de retomada do mercado ou de queda", observou.


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