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Estado de Minas

Confins eleva capacidade para 22 milhões de passageiros

Com investimento de R$ 750 milhões, a BH Airport conclui obra do segundo terminal, o que amplia em mais de 60% a área de embarque e desembarque do aeroporto mineiro


postado em 03/12/2016 07:30 / atualizado em 03/12/2016 10:24

Nova área de check-in. Conclusão da obra coincide com momento de queda na demanda por transporte aéreo (foto: BH Airport/Divulgação)
Nova área de check-in. Conclusão da obra coincide com momento de queda na demanda por transporte aéreo (foto: BH Airport/Divulgação)
Acabou. Depois de 14 meses, chegaram ao fim as obras do segundo terminal de passageiros do Aeroporto Tancredo Neves, em Confins, na Grande BH. A obra ampliou em mais de 60% a área física do terminal, dobrando sua capacidade atual para 22 milhões de passageiros. Com investimentos de R$ 750 milhões, o terminal 2 ficou pronto em um momento nada festivo para a aviação. A queda no número de passageiros é maior que a projetada inicialmente para o ano, o que esvaziou o caixa e forçou aportes complementares por parte dos acionistas da concessionária, na ordem de R$ 85 milhões. O maior desafio agora é recuperar a demanda perdida, o que está diretamente ligado à capacidade da economia brasileira de sair da turbulência.


A abertura do novo terminal ao público está sendo ajustada com as companhias aéreas mas vai acontecer ainda nesta primeira quinzena de dezembro. Esse ano, a projeção inicial da BH Airport administradora do terminal, era que o fluxo de passageiros caísse de 11,3 milhões, registrados em 2015 para 10,8 milhões, no entanto 2016 deve fechar com o aprofundamento da recessão, o resultado será pior que o previsto. O ano deve terminar com menos de 10 milhões de passageiros transportados, queda de mais de 11,5% no movimento na comparação com 2015, na prática mais de 1,3 milhão de passageiros deixaram de embarcar.


Segundo Paulo Rangel, diretor-presidente da BH Airport, os aportes complementares, assim como o cumprimento do cronograma da obra refletem confiança na retomada. “Os aportes foram mantidos para garantir a entrega da obra dentro do prazo. O novo terminal é uma demonstração de confiança dos acionistas da BH Airport (Grupo CCR, Aeroporto de Zurich e Infraero) no modelo de concessões como importante alternativa para viabilizar investimentos em infraestrutura, necessários para a retomada do crescimento econômico do país”, disse Rangel.


A queda generalizada em praticamente todos os setores da economia está afetando também a movimentação no setor de cargas do aeroporto que encolheu 3,7% de janeiro a outubro deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram transportados até outubro 22,8 mil toneladas de carga frente a um volume de 23,7 mil toneladas no ano passado.


PLENO VAPOR
As obras no Aeroporto de Confins, tocadas a pleno vapor, tiveram movimento surpreendente frente ao paradeiro da economia brasileira e da indústria mineira e chegaram a empregar 1,5 mil trabalhadores. Agora a expectativa é que a inauguração do novo terminal gere 300 empregos, entre diretos e indiretos.

Desde que a concessionária assumiu a responsabilidade pela ampliação, manutenção e exploração do Aeroporto, em 2014, foram consumidos no terminal, R$ 870 milhões em investimentos, mas segundo a concessionária R$ 120 milhões era de responsabilidade da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária. (Infraero). A questão provocou uma demanda judicial e o depósito em juízo do valor da outorga. “Entendemos que era necessário haver um reequilíbrio do contrato com o pagamento de uma outorga menor uma vez que houve esses investimentos pela concessionária que eram de responsabilidade da Infraero”, reforçou Rangel. Segundo o executivo uma saída administrativa está sendo costurada com a Agência Nacional de Aviação Civil. “O que é mais rápido que a via judicial.”

Paulo Rangel também confirmou que as obras vão continuar no aeroporto. No ano que vem a concessionária dará entrada a pedido de licença ambiental para construção de uma pista com 2,5 mil metros de extensão e 45 metros de largura. O licenciamento ambiental já deverá ser feito no ano que vem, para evitar que o processo se transforme em impasse, tendo em vista a longa duração do processo de concessão de licenças. Questionado sobre uma possível saída da Infraero da concessão, o executivo preferiu não comentar. “Não há uma informação oficial sobre isso”, observou.

Para cumprir a meta de atingir perto de 198 mil pousos e decolagens ao ano até 2020 – e não correr risco de se transformar em um elefante branco – a concessionária do aeroporto internacional de Belo Horizonte, espera recuperar a demanda no terceiro trimestre do ano que vem, prazo que era previsto para o segundo trimestre, e chegar a plena carga em 2018. Para isso o diretor-presidente da BH Airport diz que a concessionária está trabalhando para atrair novas rotas.

INTEGRADO O novo terminal de passageiros está integrado aos saguões de embarque e desembarque já existentes no aeroporto. A nova estrutura é uma continuidade do terminal existente. Com a ampliação – em cerca de 52 mil metros quadrados, a área total do aeroporto passou a contar com para 132 mil metros quadrados e os dois terminais ficam integrados. A nova área do terminal concentrará as operações internacionais, atualmente feitas pelo terminal 3. O check-in doméstico continuará sendo feito nas instalações já existentes (check- in 1 e 2), mas os passageiros poderão utilizar as pontes da área nova utilizando a sala de embarque.


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