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Estado de Minas EMPRÉSTIMO? NEM PENSAR

Pesquisa mostra que 85% dos brasileiros não estão dispostos a contrair empréstimos em 2016

Cientes de que a inflação impacta nas prestações, 28% querem combate aos preços


postado em 05/08/2016 00:12 / atualizado em 05/08/2016 07:58

São Paulo – Os brasileiros estão mais prudentes para contratar linhas de financiamento para consumir neste ano e temerosos quanto ao comportamento da inflação, segundo pesquisa da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi) e da TNS Brasil, empresa de pesquisa de mercado. O levantamento, feito em junho, mostrou que 85% dos brasileiros não estavam propensos a se endividar em 2016. Em março, o indicador estava em 81%.

A pesquisa mostra também que cresceu a preocupação dos brasileiros com o custo de vida. Da amostra ouvida, 28% consideram que o combate à alta dos preços ao consumidor deve ser a prioridade da Presidência da República, ante 18% no levantamento anterior. Além disso, 93% afirmam que a inflação impacta seu consumo e 89% afirmam que o impacto recai na tomada de novos empréstimos. “A sociedade começa a criar a prioridade muito mais micro, saindo de um contexto institucional. Isso está muito claro porque a inflação afeta o poder aquisitivo, que é o ponto central”, avaliou o consultor econômico da Acrefi, Nicola Tingas.



A percepção dos entrevistados de que a redução de juros (a taxa do juro básico da economia está em 14,25% ao ano) deve ser a prioridade para o governo federal aumentou de 7% em março para 11% em junho. Já a reforma política caiu de 35% para 23% na mesma comparação. A pesquisa foi feita com 1 mil entrevistados de todo o Brasil entre 27 de junho e 5 de julho, informaram as instituições responsáveis.

O levantamento feito pela Acrefi e a TNS Brasil indicou, ainda, que os consumidores reduziram seu pessimismo em relação ao país, apesar da permanência das preocupações com os empréstimos e os gastos.

O percentual dos otimistas em relação ao futuro cresceu de 16% em março para 18% em junho. O pessimismo, por outro lado, caiu de 12% para 6%. A ênfase na “preocupação” em relação ao futuro aumentou de 68% para 70% no mesmo período. “Nos últimos meses, notamos a retomada da confiança em todos os indicadores, mas ainda existe uma preocupação. Tudo isso está sendo endereçado de alguma maneira em um país mais consciente”, disse o presidente da Acrefi, Hilgo Gonçalves.

A percentagem dos que consideram que as medidas econômicas estão na direção errada caiu de 32% em março para 20% em junho. A fatia dos que veem o Brasil na direção econômica correta subiu de 22% para 25%. “A população acredita que a proposta de política econômica está indo no sentido de uma melhora no futuro e isso melhora as expectativas. Em algum momento futuro, o consumidor vai voltar a consumir dentro de novos critérios e usar o crédito melhor”, avaliou Tingas.

Dos entrevistados, o percentual daqueles que dizem não saber se o país caminha em uma direção certa ou errada subiu de 46% para 54%. Houve também um aumento da parcela daqueles que não sabem quando a situação da economia brasileira vai melhorar significativamente. Enquanto em março a pesquisa não registrou pessoas que não davam uma data para a previsão de melhora, esse índice atingiu 30% em junho.

Entre os que esperam retomada no segundo semestre, o percentual caiu de 18% para 4%. Para o primeiro semestre de 2017, 15% dos entrevistas esperam melhora, ante 13% no levantamento anterior. “Está todo mundo olhando para o andamento da política econômica”, observou o economista.

 

Encargos incertos

A Acrefi projeta a taxa Selic, que remunera os títulos do governo no mercado financeiro e serve de referência para as transações nos bancos e no comércio, em 13,75% no fim deste ano e em 9,75% em 2017. O economista Nicola Tingas diz que há um espaço gradual para a queda nos juros. “A curva da redução de juros está mais lenta, se ajustando ao nível de expectativa. Tem gente que pode estar vendo uma redução menor ou uma não redução. Tudo vai depender de como andar o modelo econômico e a política fiscal”, afirma.


 


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