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Estado de Minas

Meirelles: economia está começando a moderar a queda, confiança subiu


postado em 01/07/2016 10:55

Brasília, 01 - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta sexta-feira, 1º, que as medidas complementares que estão sendo preparadas pela equipe econômica facilitarão a recuperação do crescimento, mas destacou que o fundamental é o quadro fiscal. Ele evitou, porém, fazer projeções sobre quando a situação das finanças públicas vão melhorar de forma efetiva. Para o ministro, é prematuro citar números neste momento.

Meirelles garantiu, contudo, que o País voltará a crescer, a não ser que o cenário político mude. "Podemos dizer com certeza que haverá crescimento, a não ser que haja reversão política muito forte, mas aí é outro quadro", disse em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, e à Rádio Estadão.

"É importante que previsões tenham credibilidade e sejam feitas sem haver divulgação de números e porcentuais prematuramente. Quando o governo faz uma projeção, é importante que todos levem a sério porque vai ser cumprida ou tem grandes chances de ser cumprida", afirmou Meirelles, sem citar situações específicas. No governo da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), a equipe econômica era criticada por grande parte do mercado por divulgar previsões otimistas que depois acabavam não sendo realizadas.

Segundo Meirelles, um dos fatores que podem contribuir para uma rápida recuperação é a aprovação da PEC do teto de gastos. "Quanto mais rápido (for a) aprovação da PEC do teto de gastos, mais rápida será a recuperação", disse. Neste ano, o governo projeta um déficit primário de R$ 170,5 bilhões, e no ano que vem o déficit, ainda a ser estimado, deve superar R$ 100 bilhões. O Orçamento deste ano "é duro", afirmou o ministro, e "será muito mais com o teto de gastos", que deve valer já para 2017 caso o governo consiga aprovar a PEC a tempo.

O governo também precisa de uma agenda de concessões e de privatizações, destacou Meirelles. "O ajuste não é feito por si só, visa, em última análise, ao crescimento do País. As medidas complementares facilitarão a recuperação, mas o fundamental é o fiscal", ressaltou o ministro.

Meirelles afirmou ainda que o governo ainda precisa antever qual será a velocidade da retomada do pagamento de tributos por empresas hoje comprometidas pela crise e que, por isso, acabaram atrasando pagamentos e acumulando dívidas fiscais. Outro fator que pode ajustar na retomada do crescimento, segundo o ministro, é a repatriação de recursos que estão no exterior. "Estamos trabalhando duro nisso para viabilizar que o maior volume de capitais entre no País, arrecadem tributos e passem a gerar mais investimentos", disse. Outro foco de trabalho do governo deve ser a Lei de Recuperação Judicial, contou.

A boa notícia, porém, é que a economia está começando a moderar o ritmo de queda e a confiança está subindo, apontou Meirelles. Antes, o aumento da insegurança sobre a dívida pública levou a uma alta nas taxas de juros. "A população já começa a acreditar que a situação vai mudar. E com mais confiança, as empresas voltam a investir, e a demanda cresce", destacou o ministro.

Instituições

Meirelles afirmou que o fortalecimento das instituições brasileiras também contribui para dar garantias de que o Brasil vai crescer de forma sustentada. Nesse sentido, a Operação Lava Jato é "um processo absolutamente relevante, saudável e importante para a economia".

"O que é forte no Brasil são cada vez mais suas instituições, seja o Judiciário, o Legislativo, o Ministério Público ou o Executivo", disse Meirelles. "O que está claro no Brasil hoje é a independência das instituições e a imprensa livre", acrescentou.

O ministro se disse ainda um defensor das ações do Judiciário e do Ministério Público. "Mesmo que possa haver problemas, o importante é que tudo seja esclarecido e, mais do que isso, que instituições brasileiras sejam fortalecidas."


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