A moeda americana reagiu as perspectivas de que os juros no país devem continuar altos.O presidente do Banco Central (BC) Ilan Goldfajn, disse hoje que a meta para inflação no país vai permanecer em 4,5% em 2017. Goldfajn também reforçou o sistema do câmbio flutuante, repercutindo na cotação. No acumulado do ano, a moeda americana acumula desvalorização de 16,2%. "Foi o primeiro relatório da inflação apresentado pelo novo presidente do Banco Central. As perspectivas de juros altos podem atrair capital para o Brasil, pressionando a desvalorização do câmbio", avalia Paulo Vieira, analista de mercado.
Segundo Vieira, a maior pressão de alta hoje veio do relatório do BC mas o dólar também sofre pressões externas. "A ressaca do "brakecity", saída do Reino Unido da zona do euro também pressiona a moeda."
Vieira também cita o cenário nacional. "O Brasil deu uma acalmada no cenário político e se tornou mais atrativo, há também o superávit da balança comercial que pesa favoravelmente." A questão agora, aponta o analista, é o ponto de equilíbrio. "Até quando o dólar pode se desvalorizar sem prejudicar as exportações?" Na opinião do especialista a tendência ainda é de queda.